sexta-feira, 13 de abril de 2012

RECORDAR É VIVER

Na noite de ontem, a Academia de Letras fez homenagem ao saudoso Mário Pessoa. André Rosa, em seu discurso de apresentação, falou do homem, do caráter, do trabalho e da honradez de um dos mais queridos confrades da Academia.

A sessão foi coordenada pela confreira Baísa Nora. E contou com a presença dos confrades Pawlo Cidade, Gerson dos Anjos, André Rosa e Dorival de Freitas. A confreira Eliane Sabóia secretariou a sessão. Autoridades, amigos e parentes também prestigiaram a Reunião da Saudade.

 Mesa de Abertura


 André Rosa

Visão da platéia

terça-feira, 10 de abril de 2012

REUNIÃO DA SAUDADE NA QUINTA-FEIRA

André Rosa, Mário Pessoa e Dr. Léo Lavigne que 
recentemente lançou livro na Academia

A Academia de Letras de Ilhéus sentir-se-á honrada com a presença de Vossa Senhoria na Reunião da Saudade, sessão solene, em homenagem póstuma ao confrade Mário de Castro Pessoa.

A palestra será conferida pelo confrade André Luiz Rosa Ribeiro, na próxima quinta-feira, dia 12 de abril, às 19h. Maiores informações pelo telefone: (73) 3084.0302

Leia a seguir, texto escrito pela confreira Maria Luiza Heine, em homenagem ao saudoso Confrade:

O que dizer do homem Mário de Castro Pessoa? Do amigo Mário, Mariozinho, Marujo? Do homem apaixonado pelo trabalho do pai – intendente e prefeito de nossa cidade – Mário Pessoa da Costa e Silva, e pelo avô, “coronel dos coronéis”, Antonio Pessoa da Costa e Silva, do acadêmico?

Mário Pessoa nasceu no dia 28 de maio de 1925, quando seu pai era o intendente de Ilhéus e nos deixou no último dia três de setembro. Filho de tradicional família ilheense, sua mãe era Dona Dejanira Berbert de Castro Pessoa, filha do Coronel Ramiro Idelfonso de Araújo Castro.

Mário de Castro Pessoa foi bacharel em direito e professor universitário da USP. Em São Paulo trabalhou no departamento Jurídico do Banco Itaú, na General Motors, Pirelli, Deca e Banco Comercial de São Paulo. Na década de 1970 recebeu o título de melhor advogado trabalhista do Estado de São Paulo.

Quando se aposentou retornou para sua cidade, reencontrando os amigos que aqui deixara. Dedicou-se à pesquisa da história de Ilhéus, principalmente aquela relativa à sua família. Publicou seus escritos em duas obras – No tempo de Mário Pessoa e O Coronel dos Coronéis. Candidatou-se a uma vaga na Academia de Letras de Ilhéus, tendo ocupado a cadeira número 23, cujo Patrono foi Gutenberg Berbert de Castro e o fundador e último ocupante, Ramiro Berbert de Castro.

Sobre ele, disse o saudoso Tom Lavigne, na orelha do livro O Coronel dos Coronéis:
Mário de Castro Pessoa é um ilheense dos bons, ama profundamente este chão sagrado onde nasceu. Discreto e ferino, no bom sentido, espírito crítico e aguçado, fala com seriedade dos acertos e erros dos que fazem nossa História, sem atingir as pessoas, mas a obra no interesse da coletividade.

Fala da História de Ilhéus, mas, principalmente de um passado recente e dos dias atuais. Vê o futuro, dando alfinetadas bem ao seu feitio, mas com muito amor e, sobretudo confiança no porvir grandioso de nossa terra comum.

Mário de Castro Pessoa nos dá uma grande lição. O dever que temos de preservar nossa memória histórica. A história com fatos reais, sem mentiras. Contada sem invenções e sem recalques romanceados. A História contada História.

No prefácio do citado livro, o acadêmico e grande professor da história de Ilhéus, Leopoldo de Campos Monteiro, diz que “Ler O Coronel dos Coronéis é experimentar uma dupla e agradável satisfação: conhecer uma prova de amor filial e recordar um tempo de grandeza na História de Ilhéus”.

Uma vez de retorno a Ilhéus, para não mais sair, encontrou o amor outonal na vizinha cidade de Canavieiras. Sobre ela disse o seguinte, na dedicatória e agradecimentos do livro citado anteriormente: “Todo o esforço dedicado à formação deste livro, devo à afeição, paciência, fé e solidariedade de Ângela Maria Martins Vasconcelos, minha leal companheira e admirável protetora”.

Mário deixou muitos amigos que o amam fraternalmente. Principalmente na Academia de Letras, local que nunca deixou de frequentar, mesmo quando era um dos poucos que se faziam presentes nas reuniões. Gostava muito de conversar sobre as coisas da cidade. Muitas vezes comunicava-se comigo por e-mail, mas também, quando me convidava para ir à sua casa dar opiniões sobre o que escrevia. Sei que também gostava muito de conversar com André Rosa, presidente do Instituto Histórico sobre as coisas da História de Ilhéus.

Vamos sentir sua falta, mas, temos certeza de que já se reencontrou com aqueles que muito amou.

Desejamos muita PAZ.