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quinta-feira, 28 de julho de 2016

OFICINA DE LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL NA ACADEMIA DE LETRAS

Foto: Divulgação

A primeira Oficina de Leitura e Produção Textual promovida pela Academia de Letras de Ilhéus tem como principal objetivo a criação de textos mistos que gerem reflexão social no leitor. Dividida em teoria e prática, a Oficina organiza e desenvolve a competência leitora ao realizar plenamente a interlocução entre a produção de textos e o contexto que se impõe diverso e transformador. A realização da oficina faz parte do convênio de manutenção básica das atividades artísticas e culturais com a Prefeitura Municipal de Ilhéus, através da Secretaria de Relações Institucionais.
“Vivemos num mundo cada vez mais “visual”. As imagens se apresentam como mensagens a todo instante e provocam os olhos atentos dos jovens. A fim de possibilitar interpretações cada vez mais precisas, essa oficina pretende apresentar para os alunos textos mistos, mesclando textos não-verbais e verbais, inferindo conceitos e promovendo o debate acerca de assuntos ligados à atualidade”, assinala a facilitadora e gestora cultural Anarleide Menezes.
O presidente Josevandro Nascimento salientou que “nunca se criou uma programação que pudesse abrir as portas da Academia para a comunidade, para o estímulo à leitura, para o fortalecimento da escrita e da poesia. Esta proposta tenta minimizar o hiato que se manteve presente ao longo dos anos na Academia, criando uma programação de doze meses que pudesse, não só dinamizar o espaço, mas, aproximá-lo da comunidade ilheense”.

SERVIÇO:
O quê? Oficina de Leitura e Produção Textual
Quando? Dia 28/07/2016
Onde? Academia de Letras de Ilhéus

Inscrições e vagas no local.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

NO DIA DO ESCRITOR A ACADEMIA DE LETRAS ABRE EDITAL PARA MAIS DUAS VAGAS


ACADEMIA DE LETRAS DE ILHÉUS
PATRIAE LITTERAS COLENDO SERVIAM
FUNDADA EM 14 DE MARÇO DE 1959
ILHÉUS – BAHIA


EDITAL DE INSCRIÇÃO


Hélio Pólvora, ex-ocupante da cadeira nº 24
Dom Caetano, ex-ocupante da cadeira nº 29


O Presidente da Academia de Letras de Ilhéus, no uso de suas atribuições regimentais e estatutárias, de acordo com os arts. 47 e 48 e ss/parágrafos do Regimento Interno, faz saber a quantos este Edital virem ou dele conhecimento tiverem, que, com vacância das cadeiras nº 24, antes ocupada pelo escritor e jornalista Hélio Pólvora, cujo fundador foi Otávio Moura e patrono João Florêncio Gomes e cadeira nº 29, antes ocupada pelo Sr. Antônio Lima dos Santos – Dom Caetano - cujo fundador foi o próprio e patrono Manoel Quirino, ficam abertas as inscrições para preenchimento dessas vagas, pelo prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data de publicação deste, devendo os interessados procurar a Secretaria da Academia de Letras de Ilhéus, turno vespertino, na Rua Antônio Lavigne de Lemos, 39, Centro, nesta cidade, para maiores esclarecimentos e informações a respeito ou pelo telefone 73.3231.1612.


Ilhéus, Bahia, 25 de julho de 2015.



Josevandro Nascimento
Presidente



Pawlo Cidade
Secretário Geral


sábado, 9 de julho de 2016

GERALDO LAVIGNE DE LEMOS LANÇARÁ NOVO LIVRO

O confrade Geraldo Lavigne de Lemos lançará o livro Massapê: Solo de poesia no dia 12 de julho de 2016, às 18h30, na sede da Academia de Letras de Ilhéus. A edição é pelo selo Mondrongo e conta com 36 poemas inéditos. O prefácio foi gentilmente escrito por Aleilton Fonseca.


Trata-se do quarto livro do autor, sendo todos de poesia. A presente obra é marcada pelo território de origem do confrade, que é natural de Itabuna e radicado em Ilhéus. Porém, o conteúdo supera as fronteiras da região. Dois dos poemas da obra estão a seguir:



Os demais livros do autor são: À Espera do Verão (2011), amenidades (2014) e alguma sinceridade (2014). Todos são comercializados no site da editora Mondrongo e na Livraria Papirus, em Ilhéus.

Ademais, o autor mantém o instagram @geralavigne e um perfil no Facebook (com o nome completo) onde divulga rotineiramente a obra.

sábado, 2 de julho de 2016

ANARQUISTAS GRAÇAS A ZÉLIA!



SE VIVA ESTIVESSE COMPLETARIA HOJE 100 ANOS!

Descendente de imigrantes italianos, Zélia Gattai nasceu e cresceu cresceu na cidade de São Paulo. Nas três primeiras décadas do século 20, a capital paulista sofria forte influência da imigração européia, especialmente a italiana. Italianos e espanhóis constituíam a maior parte da mão de obra que atuava na cidade, que experimentava seu primeiro surto de industrialização. Além do trabalho, esses imigrantes deram origem a um movimento operário, influenciado por idéias socialistas e anarquistas.

Ainda jovem, Zélia participou do movimento anarquista, juntamente com membros de sua família. Aos 20 anos, ela se casou com Aldo Veiga, intelectual e militante comunista, com quem teve um filho em 1942. No entanto, três anos mais tarde, já separada de Aldo, conheceu o escritor baiano Jorge Amado, por quem se apaixonou. Os dois se casaram e o relacionamento se estendeu até a morte do escritor, em 2001.

Jorge Amado também desenvolvia militância política, sendo membro do Partido Comunista Brasileiro. Assim, ele e Zélia se conheceram na prática militante, quando os dois trabalhavam pela anistia dos presos políticos, em 1945, no fim do Estado Novo. A partir de então, Zélia passou a secretariar o trabalho do marido, cuidando da preparação e da revisão dos originais de seus livros.

Em 1946, com o fim da ditadura de Getúlio Vargas e a restauração da democracia, Jorge Amado elegeu-se deputado federal e o casal mudou-se para o Rio de Janeiro, então a capital do país e sede do Congresso Nacional. Porém, um ano depois, o Partido Comunista foi declarado ilegal, Amado não só perdeu o mandato, como teve que exilar-se em Paris, juntamente com a família. Permaneceu na França três anos.


Durante esse período, Zélia fez cursos universitários na Sorbonne (civilização francesa, fonética e língua francesa). Entre 1950 e 1952, a família viveu na Tchecoslováquia. Lá, Zélia começou a fotografar, documentando momentos significativos da vida e da carreira do escritor baiano. Durante sua permanência na Europa, o casal teve contato com outras personalidades de destaque no panorama internacional da cultura, como o poeta Pablo Neruda, o filósofo Jean-Paul Sartre e o pintor Pablo Picasso.

Jorge Amado e Zélia Gattai retornaram ao Brasil ainda em 1952, estabelecendo-se no Rio de Janeiro. Em 1963, fixaram residência em Salvador, na Bahia. Neste ano, Zélia lançou "Reportagem Incompleta", uma fotobiografia do marido.

A escritora teve um filho do primeiro casamento e um casal do segundo.

Entretanto, Zélia Gattai se tornaria conhecida de um público mais amplo aos 63 anos, com a publicação de "Anarquistas, Graças a Deus", livro de memórias que recebeu o Prêmio Paulista de Revelação Literária de 1979 e foi adaptada para a TV em 1982, numa minissérie dirigida por Walter Avancini.

No dia 6 de agosto de 2001, Jorge Amado morreu. No mesmo ano, Zélia foi eleita para a Academia Brasileira de Letras, para a cadeira 23, anteriormente ocupada por seu marido, numa eleição controversa. Houve quem a considerasse mais uma homenagem ao escritor do que propriamente mérito literário de sua viúva.

De qualquer modo, a carreira literária de Zélia Gattai não parou no primeiro livro. A escritora lançou ainda "Um Chapéu para Viagem", 1982 (memórias); "Jardim de Inverno", 1988 (memórias); "Pipistrelo das Mil Cores", 1989 (infantil); "Crônica de uma Namorada", 1995 (romance); "A Casa do Rio Vermelho", 1999 (memórias); "Vacina de Sapo e Outras Lembranças", 2005 (memórias). Alguns desses livros foram traduzidos para o francês, o italiano, o espanhol, o alemão e o russo.

Em 31 de março de 2008, a escritora foi internada com dores abdominais no Hospital Aliança, em Salvador. A situação de Zélia se agravou e no dia 17 de abril a escritora foi transferida para o Hospital da Bahia, onde passou por uma cirurgia de desobstrução do intestino. Ao longo do procedimento, foi confirmada a existência de um tumor benigno, que foi retirado.


Em 16 de maio o estado de saúde da escritora, que respirava com a ajuda de aparelhos, se agravou, com "piora hemodinâmica progressiva que evoluiu para o quadro clínico de choque", além de "piora significativa da função renal", segundo o boletim assinado pelos médicos Jadelson Andrade, Jorge Pereira e Izio Kowes, do Hospital da Bahia. Segundo boletim divulgado na manhã do dia seguinte, Zélia, sedada, apresentava quadro clinico de choque circulatório irreversível. Ao final da tarde, foi divulgada sua morte.


NOTA:

Fonte:http://educacao.uol.com.br/biografias/zelia-gattai.htm
Fotos: Internet.

Na Academia de Letras de Ilhéus, Zélia Gattai ocupou a cadeira 13, antes pertencente a Jorge Amado. Atualmente, a cadeira 13 é ocupada pelo acadêmico escritor Pawlo Cidade.