"A Academia é como um santuário das discussões literárias,
poéticas e artísticas."
Prof. Josevandro Nascimento
A Primavera das estações ainda não chegou. Mas, a Primavera da Academia de Letras de Ilhéus abriu as portas sob a égide da poesia e da experiência de Cyro de Mattos. Quem esteve na noite do último dia 04 pôde presenciar o relato vivo e apaixonante do escritor que tem percorrido o mundo com suas obras. A plateia, entusiasmada com o fato de trocar ideias e opiniões sobre a arte de escrever foi também agraciada com as palavras de Antonio Olímpio e Sônia Maron. O primeiro, um contador de causos, sempre recheados de humor; o segundo, absorvida pelas lembranças dos tempos em que meninos e meninas brincavam de cantigas de roda.
O público prestigiou. Diversos estudantes estiveram presentes
da Faculdade Madre Thaís.
Cyro de Mattos apresentou seu mais novo livro “Onde Estou e Sou”, com uma série de poemas ecológicos extraídos de Vinte Poemas do Rio, Cancioneiro do Cacau, Ecológico, Vinte e um Poemas de Amor e Oratório de Natal, livros publicados, e dos inéditos Rumores de Relva e Mar, Agudo Mundo e Devoto do Campo. O poeta autor também de “O Menino Camelô”, disse-nos que “sua voz é a voz que carrega a mata escura, sua asa é a asa que peleja contra a noite.” Como não viajar no poeta da solidão solidária? Basta sentir “Lugar”, em sua mais profunda identidade:
Ainda que eu seja
Um grão no deserto
O poema é meu lugar
Onde tudo arrisco.
Irriga minhas veias
Como a chuva a terra
Em suas mil línguas.
Antigo, tão antigo,
Anuncia-me cativo
Da solidão solidária
Dizendo silêncios.
Sem esse jeito
De ser flor e vento,
Sonho e música,
Palavra só amaor,
Não há o espanto,
A lágrima, o beijo,
O riso, o espitáfio,
Não há o sentido.
O Secretário Geral Pawlo Cidade, o presidente Josevandro Nascimento
e o palestrante Cyro de Mattos
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