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terça-feira, 21 de junho de 2022

RITA SANTANA É ELEITA PARA A CADEIRA 37




Rita Santana é a mais nova eleita da Academia de Letras de Ilhéus. Ocupará a cadeira 37 que pertenceu ao saudoso desembargador Mário Albiani. Ela nasceu em Ilhéus, em 1969. É atriz, escritora e professora. Em 1997, graduou- se em Letras com habilitação em língua francesa pela Universidade Estadua l de Santa Cruz. Em 2007, cursou pós-graduação lato sensu em História Social e Cultura Afro-brasileira. Como atriz, atuou em peças infantis com destaque para PLUFT, o fantasminha, de Maria Clara Machado. Participou de recitais de poesia e feiras culturais no interior da Bahia, explorando o teatro de rua, sendo uma das fundadoras do grupo Caras e Máscaras (Ilhéus, 1990 -1995). Rita Santana recebeu o prêmio de melhor atriz regional em 1994 e integrou o elenco de Dona Flor e seus Dois Maridos, adaptação do romance homônimo de Jorge Amado, com direção de Fernando Guerreiro (Ilhéus/Salvador,1992). Participou do elenco de Renascer, telenovela exibida pela Rede Globo e do filme Tieta do Agreste, de Cacá Diegues, em 1995. Atuou ainda em outras produções, como Era uma vez na mata, espetáculo infantil de Rita Brito (1998).

Como escritora, Rita Santana publicou seus contos no Diário da Tarde, em Ilhéus, e no suplemento cultural do jornal A Tarde, de Salvador. Foi uma das coordenadoras do projeto Universidade em Verso na UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz. Apaixonada pela arte, em 2004 venceu o Prêmio Braskem de Cultura e Arte – Literatura, para autores inéditos, que possibilitou a publicação de seu primeiro livro de contos, Tramela. Seus contos trazem paisagens e situações que representam nossa cultura grapiúna.

Em 2005, participou da antologia Mão Cheia e da Bienal do Livro da Bahia, no projetoPorto da Poesia, organizado pela revista Iararana. Seu segundo livro, Tratado das Veias, de poesia, foi selecionado em 2006 pela Fundação Cultural do Estado e publicado pelo selo As Letras da Bahia. Neste mesmo ano, consta do Dicionário de Autores Baianos, publicação da Secretaria Estadual da Cultura. Em 2007, a autora participa da Bienal do livro da Bahia, no café literário, e tem seus poemas publicados em diversos sites.

Em 2008, por ocasião do dia Internacional da Mulher, publicou na Folha Literária o poema “Armada”, com grande repercussão nos meios literários.

Em 2012, vem a público o livro Alforrias, numa bela edição da Editus/UESC, sob a direção de Maria Luiza Nora, com poemas de elaboração sofisticada que atestam o amadurecimento da autora na arte da palavra.

Em 2019 publicou Cortesanias (poesia), pela editora Caramurê, um livro de grande exuberância imagística e um lirismo de alto nível.

Em 2019, foi a poeta convidada a representar o Brasil no Festival Internacional de Poesia de Buenos Aires.

Em 2020 participou da antologia Nuestra Poesía Contemporánea, com poemas em espanhol, para difusão na Colômbia.

Trata-se de uma intelectual madura, produtiva e compromissada com nossa literatura, bastante conhecida por sua intensa participação em ações culturais, em feiras literárias e eventos institucionais, nos quais sempre destaca suas origens ilheenses e seu compromisso com nossa cultura. Reconhecemos em RITA SANTANA a condição de escritora brilhante e intelectual madura e atuante, consciente das necessidades culturais de nosso tempo, ciente da função social e democrática da Academia e suas responsabilidades na formação das novas gerações.

Ao ser avisada, Rita Santana pediu para transmitir a todos seu agradecimento, com estas palavras: "Estou muito emocionada e feliz pelo carinho. Serei uma companheira nos sonhos da Academia. Um abraço a todos."

 

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