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sábado, 23 de julho de 2022

ACADEMIA DE LETRAS DE ILHÉUS PARTICIPA DO 13º FESTIVAL INTERNACIONAL DO CHOCOLAT BAHIA 2022



A Academia de Letras de Ilhéus também está presente na 13a. edição do Festival Internacional do Chocolat Bahia 2022. Um stand de oito metros quadrados foi montado na área da economia criativa no Centro de Convenções de Ilhéus. "Queremos cada vez mais estar próximos da comunidade ilheense e dar visibilidade à produção literária dos nossos membros", destaca o presidente Pawlo Cidade.

Do agro ao paladar. O maior evento de chocolate e cacau da América Latina também tem literatura. "Afinal, Jorge Amado, Adonias Filho, Jorge Medaur, Euclides Neto e tantos outros efetivos anteriores da Academia tiveram suas histórias ambientadas em fazendas de cacau", ressalta Pawlo. "Estamos muito felizes com o convite da MVU", completa. 

O Chocolat Festival tem o objetivo de promover o chocolate de origem e fomentar os negócios da cacauicultura no país. Além de comercialização de chocolates e outros derivados do cacau selecionado, o Chocolat Bahia promove experiências sensoriais, exposições históricas e artísticas, cursos de capacitação , workshops, debates sobre temas do setor e palestras ministradas por especialistas nacionais e internacionais.

O 13º Festival Internacional do Chocolat Bahia 2022 acontece de 21 a 24 de julho, sempre das 14h às 22h, no Centro de Convenções de Ilhéus.

terça-feira, 19 de julho de 2022

FESTA LITERÁRIA DE ILHÉUS: QUATRO DIAS DE CELEBRAÇÃO!


Jeferson Tenório, vencedor do Prêmio Jabuti 2021, falou sobre sua vida e obra


A 5a Festa Literária de Ilhéus, uma promoção conjunta da Academia de Letras de Ilhéus e a Editus - Editora da UESC, foi encerrada com "gostinho de quero mais" na noite do último sábado, às 18h, com a conferência de Jeferson Tenório sob o tema homônimo de seu premiado livro "O Avesso da pele", para um auditório repleto de amantes da literatura. Jeferson Tenório nasceu no Rio de Janeiro, em 1977. Radicado em Porto Alegre, é doutorando em teoria literária pela PUCRS. Estreou na literatura com o romance O beijo na parede (2013), eleito o livro do ano pela Associação Gaúcha de Escritores. Teve textos adaptados para o teatro e contos traduzidos para o inglês e o espanhol. É autor também de Estela sem Deus (2018). O avesso da pele (2020) é seu romance mais recente, publicado pela editora Companhia das Letras. 

Durante quatro dias de festa, bate-papos literários, workshops, contação de histórias para crianças, sarau, lançamento coletivo e feira de livros fizeram parte da programação que este ano foi realizada em cinco espaços, a saber: Sindicato Rural de Ilhéus (bate-papos literários e sarau), Academia de Letras de Ilhéus (workshops sobre a escrita), Museu do Cacau (feira de livros), Rua Almirante Barroso (programação infantil e musical) e no Palácio Paranaguá (lançamento coletivo de livros das editoras Via Litterarum, Plante e Editus).

ABERTURA - A conferência de abertura deste ano foi apresentada por Viviane Mosé, (foto Ruy Penalva), com o tema: "Literatura e utopias do imaginário", também lema da festa. Viviane Mosé é capixaba, psicóloga e psicanalista, graduada pela Universidade Federal do Espirito Santo, onde tornou-se especialista em Elaboração e Implementação de Politicas Públicas. (Desta especialização nasceu o livro A resistência tapuia na Capitania do Espírito Santo, publicada em 2012). É Mestre e doutora em filosofia pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, (cuja tese foi publicada com o Título Nietzsche e a grande política da linguagem, em 2005, pela Editora Civilização Brasileira) e autora de doze livros entre poesia, filosofia, educação, tendo duas indicações ao Prêmio Jabuti, Stela do Patrocínio – Reino dos bichos e dos animais é o meu nome, de 2002, e A Escola e os desafios contemporâneos, de 2013.

BATE-PAPOS E ATIVIDADES - A primeira mesa da programação do dia 14 teve início às 9h e foi marcada pela poesia modernista na contemporaneidade com Aleilton Fonseca, André Rosa, Geraldo Lavigne de Lemos e mediação de Cátia Hughes. Paralelamente, o workshop "A arte da escrita", foi ministrada na Academia de Letras de Ilhéus pelo escritor Ivo Korytowski. 



Mesa de abertura - A poesia modernista na contemporaneidade


Na sequência, às 14h, Ivo Korytowski, Wilson Mendes e Pawlo Cidade trouxeram à tona um cronista esquecido pelos ilheenses, Fernando Leite Mendes que nos idos pré-internet em que todo mundo lia jornal, tivemos uma plêiade de notáveis cronistas literários, entre eles, o ilheense Fernando Leite Mendes. Às 16h, Elisa Oliveira, Luh Oliveira, Neila Bruno Brasil e Kali Oliveira falaram sobre "A arte e a vez de escrever para crianças" debatendo que é preciso redescobrir palavras, conversar com as crianças para que possamos escrever para elas. Por fim, às 18h, encerrando a programação do segundo dia do evento, o Palácio Paranaguá foi palco do lançamento coletivo de livros das editoras Via Litterarum, Plante e Editus. Cerca de vinte autores estiveram presentes para apresentar suas obras ao grande público que esteve presente. Entre eles, o homenageado Ruy do Carmo Póvoas, Jorge Araújo, Neila Bruno e Marcelo Henrique. 



Lançamento coletivo de livros no Palácio Paranaguá


O terceiro dia, às 9h, começou com Elis Matos, Iran Melo e Tales Pereira/Tallúyz Mann discutindo o tema: "Todas, todos e todas: uma questão de gênero e linguagem" que, embora já consolidados, os estudos de gênero ganham cada vez mais corpo não só no campo acadêmico, com interface em disciplinas de várias áreas, mas também no debate social. Ao mesmo tempo, o workshop "Transformando ideias em contos", ministrado por Neila Brasil, ocorria no auditório da Academia de Letras de Ilhéus e a contação de histórias pela Bibex e o Proler na rua Almirante Barroso.

À tarde, às 14h, para uma plateia repleta de estudantes, Edgard Abbehusen, escritor, jornalista e compositor, autor dos livros “Quem Tem Como Me Amar Não Me Perde Em Nada” (Villardo, 2017), “O Que Tiver de Ser Amar (Villardo, 2019) e “Acredite Na Sua Capacidade De Superar (Planeta, 2020) e mais de um milhão de seguidores no Instagram, ao lado das queridas Julianna Torezani e Rita Virgínia Argollo falaram sobre "Redes sociais: entre a arte e o controle". Distantes do cenário em que pensávamos o ciberespaço como um ambiente de compartilhamentos e trocas, passamos pela experiência da apropriação e debate cercados por estratégias de mercado. Neste contexto, a mesa discutiu se seria possível pensar as redes sociais como suporte para a arte sem ter em mente as questões em todo da chamada sociedade de controle.

Às 16h, Fabrício Brandão, Jane Hilda Badaró, Maria Luiza Heine e Tcharly Briglia abordaram sobre "Poesia, arte e internet" salientando que a diversidade de contextos na atualidade e a velocidade com que se propagam ideias e ideais, a poesia tem ganhado cada vez mais espaço no mundo virtual e descido, literalmente, das estantes. A programação do penúltimo dia da festa terminou com o Sarau "Poesia de Aluvião", dirigido por Geraldo Lavigne de Lemos e Fabrício Brandão. Na oportunidade também foi lançado o livro homônimo organizado por eles e com a participação de quinze poetas do Sul da Bahia.

No quarto e último dia da celebração das letras, às 10h, Karen Ramos, Milena Magalhães e Thiago Soares fizeram uma roda de conversa com um objetivo de proporcionar um diálogo em torno da produção musical contemporânea e sua relação com a cultura, literatura e os anseios sociais sob o tema: "Corpos dançantes: música, literatura e artivismo". Às 15h foi a vez do sul-africano Mlungisi Mkhonza e do cineasta carioca Rodrigo Felha, mediados pelo professor Rodrigo Bomfim, falarem sobre "Favela, juventudes e narrativas do mundo". A roda de conversa propôs uma análise a partir do que se pode entender como diversidade de pólo emissor, da polifonia e dos diversos suportes que devem estar à disposição dos públicos mais variados, independentemente de espaço geográfico ou condições sociopolíticas. 

À noite, Jeferson Tenório fechou com chave de ouro, seguido pelo show autoral de Ligia Callaz, às 20h, no palco Letto Nicolau, armado na rua Almirante Barroso.



Maurício Santa Moreau (vice-reitor da UESC), Pawlo Cidade (presidente da ALI), Mozart Aragão (Secretário da Casa Civil), Roger Sarmento (TV Santa Cruz) e Nívia Cohen (Coordenadora Institucional da Bahiagás). Foto Ruy Penalva.


APOIOS IMPORTANTES - Este ano a festa contou com o apoio cultural da Cesol, Setre, He-Net, Hotel La Dolce Vita, Proex, Proler, Fundação Pedro Calmon, Rádio Uesc, TV Uesc, Tv Santa Cruz, Bahia FM Sul, Ilhéus FM, Bar Vesúvio, Barrakitica e Patrocínio do governo do Estado da Bahia através da Bahiagás. 

quinta-feira, 7 de julho de 2022

5ª FESTA LITERÁRIA DE ILHÉUS COMEÇA NO PRÓXIMO DIA 13 COM CONFERÊNCIA DE VIVIANE MOSÉ




Com o tema “Literatura e utopias do imaginário”, a 5ª edição da Festa Literária de Ilhéus (FLI) será realizada de 13 a 16 de julho, promovida pela Editus - Editora da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) - e Academia de Letras de Ilhéus (ALI), com apoio da Ilhéus FM, Bahia FM Sul, TV Santa Cruz, Hotel La Dolce Vita, Secretaria Municipal de Cultura, Governo do Estado da Bahia, através da Fundação Pedro Calmon e Secretaria de Esporte, Emprego e Renda; Cesol e patrocínio da Bahiagás.  

A FLI integra dois grandes eventos literários já consagrados na região: a Feira do Livro da UESC e o Festival Literário de Ilhéus (FLIOS).

A iniciativa é composta por atividades culturais, comercialização de livros, ações para o público infantil, workshops e rodas de conversas, e tem como objetivo valorizar a institucionalização da literatura universal sulbaiana, fomentar a leitura e a formação de novos escritores. 

A abertura oficial acontecerá dia 13, às 19 horas, no Sindicato Rural, à Rua Eustáquio Bastos, no centro histórico de Ilhéus, quando ocorrerá a entrega do Prêmio Sosígenes Costa de Poesia – comemorativo pelos 26 anos de criação da Editus - e conferência com a psicóloga e escritora Viviane Mosé.

A Festa Literária de Ilhéus conta também com o apoio da Pró-reitoria de Extensão da Uesc (Proex) e do PROLER, e este ano homenageia ao professor, escritor e babalorixá Rui do Carmo Póvoas. A programação, no dia 14, conta com bate-papo sobre “A poesia modernista na contemporaneidade”, às 9 horas, também no Palácio Paranaguá, com a participação dos escritores Aleilton Fonseca, André Rosa, Cátia Hughes e Geraldo Lavigne. 

Logo mais, às 14 horas, no mesmo local, nova mesa de bate-papo vai tematizar a obra de “Fernando Leite Mendes, um cronista esquecido”, com as presenças dos escritores Ivo Korytowski, Pawlo Cidade e Wilson Mendes. Em seguida, às 16 horas, a mesa reunirá as escritoras Elisa Oliveira, Kali Oliveira, Luh Oliveira e Neila Brasil, para debater sobre “A arte e a vez de escrever para crianças”. Às 18 horas, haverá lançamento coletivo de livros na Academia de Letras de Ilhéus. 

Mais Programação – No dia 15, com atividades também no auditório do Sindicato Rural, a partir da 9 horas, o bate-papo será com Elis Matos, Iran Melo e Tales Pereira/ Tallýz Mann sobre o inquietante tema “Todas, todos e todes: uma questão de gênero e linguagem”. Às 14 horas, os professores e comunicólogos Edgard Abbehusen, Julianna Torezani e Rita Virginia Argollo, conversarão sobre “Redes sociais: entre a arte e o controle.”

Os poetas Fabrício Brandão, Jane Hilda Badaró, Maria Luiza Heine e Tcharly Briglia se reúnem à mesa, às 16 horas, para discutir sobre “Poesia, arte e internet”. Às 18 horas, acontecerá um sarau lítero-musical, sob a direção do poeta Geraldo Lavigne de Lemos.

No último dia do evento, 16 de julho, às 10 horas, o bate-papo sobre o tema “Corpos dançantes: música, literatura e artivismo” contará com as presenças de Karen Ramos, Milena Magalhães e Thiago Soares. Às 15 horas, o sul-africano Mlungisi Mkhonza conversará com os professores Rodrigo Bomfim e Rodrigo Felha sobre “Favela, juventudes e narrativas do mundo”.





A programação terá continuidade às 17 horas, com o lançamento de livros da Editus. Em seguida, às 18 horas, a conferência de encerramento será com o escritor carioca Jeferson Tenório sobre “O avesso da pele”, vencedor do Prêmio Jabuti 2021. Depois, previsto para às 19h30min, será apresenta o show da artista Ligia Callaz, também no Palácio Paranaguá.

Workshops e Feira de Livros – A programação da 5ª Festa Literária de Ilhéus oferece também dois workshops gratuitos, que acontecem na Academia de Letras de Ilhéus. Um sobre o tema “A Arte da Escrita”, a ser ministrado pelo premiado escritor Ivo Korytowski, no dia 14, das 9 às 12 horas. E o segundo, no dia 15, nesse mesmo horário, sobre o tema “Transformando Ideias em Contos”, com a professora e escritora Neila Brasil.



Já no Museu do Cacau, ao lado do Sindicato Rural, haverá a tradicional Feira de Livros, com descontos de até 50%.

Para outras informações sobre o evento e seus participantes, além de inscrições para as atividades, acesse o site: https://doity.com.br/festaliterariadeilheus.

VAI TER FEIRA DE LIVROS NA FESTA LITERÁRIA DE ILHÉUS COM DESCONTOS DE ATÉ 50%!




Durante a Festa Literária de Ilhéus teremos a tradicional Feirinha de Livros com descontos de até 50%. A Feirinha será no Museu do Cacau, próximo ao Sindicato Rural de Ilhéus onde acontecerão os bate-papos literários.

domingo, 3 de julho de 2022

CONHEÇA AS MESAS DO ÚLTIMO DIA DA FESTA LITERÁRIA DE ILHÉUS




Nesta roda de conversa propomos uma análise a partir do que se pode enteder como diversidade de pólo emissor, da polifonia de vozes e dos diversos suportes que devem estar à disposição dos públicos mais variados, independentemente de espaço geográfico ou condições sociopolíticas. A reflexão parte das experiências vivenciadas principalmente pelas juventudes que são impedidas de transitar por espaços centrais das cidades, juventudes periféricas marcadas por discriminações, como a de raça.




Esta roda de conversa tem como objetivo proporcianar um diálogo em torno da produção musical cotemporânea e sua relação com a cultura, literatura e os anseios sociais. Podemos falar em uma nova leva de música popular brasileira transitando pela literatura? Caberia, no atual momento, repensar o conceito de literatura, uma vez que o gênero música pode transbordar para expressões como audiovisual, literatura, moda?


O grande vencedor do Prêmio Jabuti 2021 também estará na 5a. Fest Literária de Ilhéus: JEFERSON TENÓRIO, que nasceu no Rio de Janeiro, em 1977. Radicado em Porto Alegre, é doutorando em teoria literária pela PUCRS. Estreou na literatura com o romance O beijo na parede (2013), eleito o livro do ano pela Associação Gaúcha de Escritores. Teve textos adaptados para o teatro e contos traduzidos para o inglês e o espanhol. É autor também de Estela sem Deus (2018). O avesso da pele (2020) é seu romance mais recente, publicado pela editora Companhia das Letras.