sexta-feira, 27 de setembro de 2024

ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA

 


Portaria 013/2024 de 27 de setembro de 2024.

 

 

Dispõe sobre convocação de assembleia extraordinária.

 

 

A Academia de Letras de Ilhéus, presidida pelo Sr. João Paulo Couto Santos, eleito para o biênio 2023-2025, no uso de suas atribuições,

 

RESOLVE:

 

Art. 1º — Convocar todos os seus membros para Assembleia Geral Extraordinária a realizar-se em 01 de outubro de 2024 (terça-feira), de forma REMOTA, às 19h, em primeira chamada; às 19h15, em segunda chamada.

 

Art. 2º — As decisões a serem tomadas serão validadas com o número de acadêmicos presentes.

 

Art. 3º — Ficam estabelecidos os seguintes pontos de pauta:

 

1.    Homologação do(s) candidato(s) à cadeira de nº 32;

2.    O que ocorrer.

 

Art. 4º — O link para reunião será fornecido até 30 minutos antes do início da assembleia.

 

Art. 5º — Esta Portaria entra em vigor a partir da data de sua publicação.

 

 

 

João Paulo Couto Santos

Presidente

 

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

ALESSANDRO FERNANDES SANTANA É ELEITO PARA A CADEIRA Nª 9

Reitor da UESC, Alessandro Fernandes

Alessandro Fernandes Santana, professor do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC. Graduado em Economia e em Administração pela Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC, Especialista em Economia de Empresas pela Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC, Mestre em Cultura & Turismo pela Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC e Universidade Federal da Bahia - UFBA e Doutor em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ . 

Foi reeleito para o cargo de Reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz e irá ocupar a cadeira nº 9, cujo efetivo anterior foi o confrade Luiz Pedreira Fernandes. Bernardino José de Souza é o patrono da cadeira e Adonias Filho o fundador.

Professor pleno do departamento de ciências econômicas, presidente do conselho de administração do centro de pesquisas - CEPEDI, membro da associação brasileira de reitores das universidades estaduais e municipais - ABRUEM, coordenador do programa de apoio gerencial e institucional dos municípios da região sul da Bahia, membro da Academia de Letras de Itabuna, membro benemérito da Academia Grapiúna de Letras e Artes.

Já ocupou outros cargos de destaque como Pró-reitor de extensão universitária da UESC, presidente do Fórum de Reitores das Universidades Estaduais da Bahia, Coordenador do Curso de Ciências Econômicas da UESC, professor da UNIME, professor da FTC, Secretário Municipal de Educação e Cultura de Arataca - BA. É detentor do título de cidadão ilheense, comendador do Município de Ilhéus.


sexta-feira, 20 de setembro de 2024

NOSSA BIBLIOTECA


A câmara de vereadores de Itabuna ocupa quase 
todo o prédio da Biblioteca Pública Plínio de Almeida


A Câmara de Vereadores engole a cada ano mais um espaço da Biblioteca Municipal Plínio de Almeida. Não devia fazer isso. Essa pobre casa de livros, desassistida há anos pelo poder público, tem um acervo desatualizado, sem condições ideais para fomentar a leitura como pede uma cidade do porte cultural de Itabuna. Os que lá atuam como serventuários do órgão nada têm a ver com essa situação lamentável. Não recebem o apoio necessário para o eficiente desempenho da função, nem sequer são reciclados em cursos pertinentes ao setor para que melhor sirvam numa casa dessa natureza aos que procuram conhecer a vida através dos livros. Certamente para isso lá não estão. 

Melhor deixá-los precários na função do expediente repetitivo, subalternos ao descaso do poder público do que fazê-los ativos, inquietos com as falhas na engrenagem. Se um dia quisessem virar a chave, não se atrevessem nessa iniciativa temerária. No grau de revoltados impotentes poderiam ser recompensados com o despejo do emprego.

Uma cidade com cerca de 250 mil habitantes, uma rede de ensino abrangente, em nível superior e secundário, com duas universidades, faculdades, escolas públicas e particulares, ser tão frágil, de causar pena, quando o assunto é a Biblioteca Municipal Plínio de Almeida. Uma lástima na sua prestação de serviços. Até quando os políticos, a Secretaria de Educação e a Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania vão tomar consciência de que são agentes institucionais do fomento ao saber e à cultura? Sempre omissos ante um problema grave dessa natureza, como se nada de mais estivesse acontecendo com a nossa biblioteca municipal. Espaço que não é nem lazer nem fonte eficiente do saber. 

Podem me chamar de sonhador do que vou dizer adiante, sinto-me confortado com o elogio. Lembro que os sonhadores do bem são necessários em qualquer dimensão da vida. Itabuna devia ter uma biblioteca com o acervo constituído de um livro para cada habitante. Para que assim fosse dona desse espaço fértil, saudável, onde pudesse doar-se às suas gentes com a mão cheia de livros, fazendo-se de fato útil ao pensamento e sentimento da criatura humana na dura lei da vida. E assim desse seu contributo para se aprender a andar melhor na existência, conhecer o que presta e o que não presta, principalmente em tempo de eleição, na hora da escolha de seus representantes, daqueles que soubessem de verdade reger seu destino político com competência e ética nos dias do ano, como deve ser. 

Vejo assim a sugestão dada como o caminho plausível para tirar nossas gentes dos caminhos obscuros da vida, na boa leitura respirando o ar sadio pelas ruas do mundo e do saber. Através da conversa com os livros, tornando nossa biblioteca espaço de convivência atuante, pródiga parceira no comportamento de rica troca de significados. 

Pobre cidade nossa, deveria ter uma biblioteca funcionando com oficinas, lançamento de livros, teatrinho com meninos e jovens, bom não esquecer os idosos, pois os velhos são gente boa, muito têm a nos dizer. Assim fosse dotada de uma plataforma que valorizasse os autores da terra, com palestras, encontros, seminários, saraus e recitais. Usasse o diálogo saudável com os estudantes. Não permanecesse como algo de pouco proveito, nessa maneira abominável que empobrece a vida, não sendo jamais a ideal para nos retirar da parte obscura do ser e do estar na existência. 

Itabuna de um rio enfermo, como esgoto a céu aberto, que hoje chora água, um dia foi chamado pai dos pobres. Cidade que respira os ares tristes pelo desfalque contínuo do patrimônio histórico tecido de beleza antiga. E que vem sendo dilapidado pelo descaso dos que cumprem preservá-lo como um tesouro inestimável, conquistado com engenho e arte, labor e esforço ao longo dos anos. 

Itabuna, que tem um povo vocacionado para o progresso, querendo fazer a vida com alma, força e conhecimento. Minha cidade querida, usina de tantos valores humanos no ciclo das estações, ó quão dessemelhante!


Cyro de Mattos
Membro da cadeira nº 16
Academia de Letras de Ilhéus