terça-feira, 10 de junho de 2025

GERSON DOS ANJOS: GUARDIÃO DA POESIA!

DISCURSO DE SAUDAÇÃO AO CONFRADE GERSON DOS ANJOS


 Rita Santana, Luh Oliveira, Josevandro Nascimento e 
Amélia, neta de Gerson dos Anjos

 

"Gerson era um homem laborioso. Sempre muito 

preocupado com a empresa e suas demandas". 


Boa noite, Sr. presidente, familiares e amigos de Gerson dos Anjos, prezadas confreiras e confrades, e toda comunidade aqui presente. 

 

Reunimo-nos hoje para a Sessão da Saudade em homenagem à memória do nosso Poeta, assim, cumprimos parte dos rituais que conferem aos membros da Casa de Abel a condição simbólica de Imortalidade. Gerson, estamos hoje reunidos porque sentimos saudades de você e através das nossas saudades presentificamos e atualizamos a sua existência entre nós.

 

Gerson Alves dos Anjos nasceu em 23 de agosto de 1949, em Ibicaraí, e passou a residir em Ilhéus, ainda na infância, aos cinco anos de idade. Aqui, na Academia de Letras de Ilhéus, ocupou a cadeira nº 17 cujo patrono é Epaminondas Berbert de Castro e o fundador  é Raimundo Brito. A sua  posse ocorreu em 30 de novembro de 2010 e o seu falecimento se deu no dia 03 de junho de 2024. Além de dedicar parte de sua vida ao trabalho no Ateneu e à escrita, Gerson também se dedicou ao canto, participando do Coral Dom Eduardo da Catedral de São Sebastião. Escreveu e publicou alguns livros, como: Versos Brejeiros, 1995; Poemas no Tempo, em 2010, Olhos do Coração, em 2016. Deixou muitos amigos, a esposa, Evanildes dos Anjos, três filhos, George, Geanne, Rosane e os netos: Ari Gerson, Sarah e Maria Amélia.

 




Gerson dos Anjos


Segundo o Dicionário dos Símbolos de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, Anjos são seres intermediários entre Deus e o mundo; seriam seres puramente espirituais ou espíritos dotados de um corpo etéreo, aéreo; ocupariam para Deus as funções de ministros, ou seja, mensageiros, guardiões, condutores de astros, executores de leis e protetores dos eleitos. Aqui, entre nós, Gerson se fez Poeta e construiu em sua existência mecanismos de mediação entre o mundo terreno e o mundo espiritual, através da sua conduta sempre atenta ao universo humano e voltada ao plano do invisível, celestial, através das suas indagações e de suas buscas, características que podemos constatar em sua obra, pois a sua Poesia reflete tais conotações e movimentos antitéticos, paradoxais. Logo, o nosso Poeta era um mensageiro, um protetor e um guardião da Poesia.

 

Gerson foi meu colega no Ateneu por algum tempo -  é deste lugar de fala que tecerei meu discurso - e era também meu chefe, de forma indireta, visto que  o meu trabalho estava mais ligado a Marcos Mendonça, como sua secretária. Ficávamos todos numa mesma sala, eu, Gerson, Sônia e Marcos. Não caberia aqui narrar nem descrever o desconforto de uma jovem inexperiente de 19 anos, iniciando a sua vida profissional. No entanto, saliento que havia entre nós, naquele ambiente de trabalho, companheirismo, respeito e um contexto de convivência harmoniosa. Parte daquela atmosfera era proporcionada por Gerson e sua postura generosa e conciliadora, homem de natureza amena, afável.  Em sua memória, tentarei fazer um retrato daquele colega amoroso, cuidadoso ao lidar com o humano, ou seja, um homem que olhava para o outro com respeito, curiosidade e afeto. Seus olhos apuravam o mundo! 

 


"Buscarei trazer o nosso Gerson, através dos seus poemas, afinal, não vislumbro melhor forma de lhe homenagear, nesta noite de junho que se inicia iluminado, iridescente, em Ilhéus".



Gerson era um homem laborioso. Sempre muito preocupado com a empresa e suas demandas. Era ele quem controlava a gráfica e lidava com os funcionários de forma mais direta. Um homem do trabalho. Às vezes percorria toda aquela engrenagem, disposto a resolver demandas, atrasos, prazos, pendências típicas da natureza do que era O Ateneu, uma papelaria, mas essencialmente uma Gráfica. Imagino o quanto aquele ambiente o estimulou a criar a sua própria obra e desejar ver impressos os seus futuros livros. Ele sabia dialogar com os funcionários e tratava-os sempre com muito respeito e muita cordialidade. Sempre soube posicionar-se como o responsável pela produção da Empresa. Gentileza e determinação faziam-se presentes para a administração do negócio. Ele era o homem de confiança de Marcos e correspondeu durante anos, até a sua aposentadoria, às suas expectativas.

 



Eu e Sônia Cerqueira, uma funcionária antiga na Casa e absolutamente competente, ágil, com anos de experiência e muito querida por Gerson, dividimos com ele momentos de descontração, conversas amenas, risos e as tensões do ambiente de trabalho. Recobrar a memória para pensar em Gerson, nesta homenagem, é um exercício intenso e que traz a sua presença, seu riso, sua alegria de viver e o seu prazer com a convivência. Alguns daqueles momentos tornavam Gerson ainda mais descontraído e feliz, um deles era quando a sua esposa e seus filhos ligavam ou apareciam rapidamente - nesses momentos ele ficava visivelmente emocionado e muio dengoso, derretido de amor, Gerson se transformava. O outro momento era quando Ton Lavigne surgia de repente para uma visita, uma conversa ou algum negócio. Os diálogos giravam em torno da poesia e havia uma amabilidade mútua, eram afagos entre amigos que se estimavam e que, anos mais tarde, estariam juntos aqui, na Academia. A sua fisionomia se expandia em risos e alegrias, quando aquele amigo vistoso aparecia para uma prosa e, quando a hora era propícia, se entregavam à amizade e às afinidades da alma. Ambos eram regidos pela Poesia, a paixão que os unia na vida lá fora e que também os uniu aqui na Academia de Letras de Ilhéus. A meu pedido, o nosso querido confrade Geraldo Lavigne escreveu algumas linhas para, em nome de sua família, também render  as suas homenagens a Gerson:

 

Gerson e meu pai, Ton, nutriram profunda amizade baseada nas afinidades intelectuais comuns em razão da poesia e do trabalho. Por muitos anos, eles se encontraram n’O Ateneu, empresa de artes gráficas e papelaria da família Mendonça, onde tratavam dos detalhes do material de escritório e, certamente, entre papéis timbrados, envelopes, canetas e tintas, abordavam os versos que permeiam o labor da poesia. Essa vantagem rendeu uma aproximação carinhosa entre as famílias e a presença recíproca nos marcos acadêmicos de suas respectivas trajetórias. A título de exemplo, meu pai se fez presente no lançamento do livro de Gerson. Gerson, por sua vez, despediu-se de meu pai com versos. Hoje falam de poesia onde há claridade permanente, mas devem também comentar com saudade sobre as belas noites de Ilhéus e o convívio com os confrades.

 



apresentação do Coral da Catedral



Buscarei trazer o nosso Gerson, através dos seus poemas, afinal, não vislumbro melhor forma de lhe homenagear, nesta noite de junho que se inicia iluminado, iridescente, em Ilhéus. Na apresentação do seu livro Versos Brejeiros, encontramos uma carta ao leitor, onde o poeta nos convida a nos reencontrarmos com a poesia e com os devaneios, sentença que dialoga com as reflexões feitas no livro A água e os Sonhos,  de Gaston Bachelard, em que o filósofo  e ensaísta francês afirma:

 

“Essa adesão ao invisível, eis a poesia primordial, eis a poesia que nos permite tomar gosto por nosso destino íntimo. Ela nos dá uma impressão de juventude ou de rejuvenescimento ao nos restituir ininterruptamente a faculdade de nos maravilharmos. A verdadeira poesia é uma função de despertar.”  O filósofo continua: “Os devaneios e os sonhos são, para certas almas, a matéria da beleza.” Enquanto Gerson, maravilhado diante do exercício poético, em sua missiva aos leitores, sugere:

 

“esperamos que  a sua leitura além de um entretenimento, seja uma maneira de refletir, de viajar pelo tempo, de repensar alguns valores e sobretudo uma maneira de reencontrar-se com a poesia e os devaneios.”

 

Na primeira edição que tenho dos seus Versos Brejeiros, com a sua dedicatória, ele nos revela os seus primórdios , que certamente o conduziriam mais tarde a se tornar membro desta Casa. 

 

“Tudo começou quando em 1984, em plena Copa do Mundo, foi inserida numa página de poesia da Ilhéus Revista, de Janete Badaró, a poesia “Épocas”, que caiu no agrado do Dr. Josevandro Nascimento, que veio a cumprimentar-me efusivamente.”

 

Assim era Gerson, um homem grato, generoso, gentil e de coração nobre, que sabia reconhecer e valorizar os  instantes em que a vida e os amigos reconheciam a sua poesia e abriam espaços para ela. Tentaremos fazer um retrato lírico do nosso confrade. A cordialidade é certamente um dos seus atributos mais frequentes, manifesta através do riso doce, do olhar sempre úmido, quase lacrimejante, atento ao outro, às suas dores, demonstrando uma preocupação constante com o mundo, com as pessoas e com o trabalho. E não é esta a natureza intrínseca do Poeta, voltar-se às alteridades, recair o seu olhar aos outros?

 

 

“Que faria minh’alma vagando o espaço/

Trilhando o caminho do cosmo estrelar.” 



O Poeta inicia o seu livro com um poema dedicado à sua esposa, Evanildes. Utiliza-se já ali da metalinguagem a fim de buscar razões para a sua poesia e faz uma radiografia da sua relação com o gênero que escolheu para se tornar um amante, pois Gerson era amante da poesia. E assim nos apresenta, na primeira estrofe do poema Minha Poesia, o seu projeto de escrita: 

 

A minha poesia não tem idade,

São versos que surgem ao sabor do vento

E mesmo sem possuir maturidade

Procura gravar um doce momento.

 

O poeta é sensível às mazelas do mundo, portanto, sofre e manifesta suas dores em seus versos. A sua sofisticação poética é de caráter humanista, preocupado em realizar retratos líricos de todos que cruzavam o seu caminho, disposto a investigar e observar em todos nós os traços de humanidade, fragilidades, comportamentos, graça, beleza, timidezes que nos acometiam. Expressava tudo isso de maneira simples, com versos honestos e exatos que refletiam o seu olhar perante o mundo, mas também refletiam a personalidade de um homem que observava e sabia amar o  mundo. Concomitantemente, nutria um olhar crítico quanto ao seu processo de criação, numa autocrítica acerca da forma e do tratamento estético que conferia aos seus textos. Era absolutamente consciente dos limites da sua poética e os expunha em seus versos, num jogo metalinguístico permanente em toda a sua obra. Experimenta rimas, métricas e avalia a sua qualidade lírica, consciente do seu fazer artístico. O poeta ainda cria um mundo próprio, íntimo, demonstra ser um romântico com amores idealizados, perdidos, platônicos, ou seja, investe-se da sua condição de criador e inventa ou finge sentimentos, afinal, o poeta é um fingidor, sabemos. Em sua lírica, revela a preocupação constante com a população, e denuncia seu sofrimento, revela desejos por igualdade, distribuição de renda, justiça social, logo, mostra-se também um poeta político. Atemporal e contemporâneo, o Poeta denuncia as guerras, coloca-se no lugar dos soldados, perscrutando suas dores e seu sofrimento. Um altruísta no exercício da sua generosidade e do sentimento do mundo, convoca Castro Alves a socorrer o Continente Africano. Em sua poesia ainda há a presença de homenagens a personalidades ilustres e queridas da Cidade, uma preocupação constante com a preservação das árvores, dos rios e de toda a natureza em Ilhéus. A notoriedade, a eternidade também são preocupações reveladas pelo eu poético. Lirismo, melancolia e saudade se entrelaçam em seus versos. O tempo e a morte rondam constantemente suas reflexões, pois quem alimenta um olhar constante sobre a vida e suas miudezas, suas especificidades, também contempla a morte, o tempo e seus desdobramentos. O Poeta observa as ruas e os transeuntes e especula sobre os sentimentos que os atravessam. São alvo de suas preocupações ainda os animais utilizados como cobaias em laboratórios. Vejam, Senhoras e Senhores, a contemporaneidade e a sensibilidade do nosso Poeta!



Gerson e sua neta Amélia



Atento à vida, o eu-lírico ainda divaga perante as circunstâncias e experiências após a sua morte, como no poema Dúvida Sobrenatural, 28. “Que faria minh’alma vagando o espaço/Trilhando o caminho do cosmo estrelar.” Ou no poema Se eu morresse amanhã,  em que ele nos anuncia na primeira estrofe:

 

“Se eu morresse amanhã,

Que levaria do mundo?

Um pensamento profundo

E uma grande saudade.”

 

E é com a nossa demonstração de Saudade que afirmamos: Gerson permanece entre nós, em nossa memória, em nossa história, em nossas vidas e na Imortalidade conferida a ele pela Academia de Letras de Ilhéus, através dos seus ritos de passagem, através dos seus confrades e confreiras que sentem a sua ausência e têm o compromisso de manter o seu nome e a sua história como uma chama sempre acesa, a nos iluminar, enquanto houver história e enquanto houver existência humana em nosso planeta, enquanto houver Poesia, Gerson, seu guardião fiel, viverá.

 


* Rita Santana, membro efetivo da cadeira nº 37

Saudação em homenagem ao confrade Gerson Alves dos Anjos, 

falecido em 3 de junho de 2024.

 

 

 

quarta-feira, 4 de junho de 2025

SESSÃO DA SAUDADE EM HOMENAGEM AO CONFRADE GERSON ALVES DOS ANJOS SERÁ NO DIA 10 DE JUNHO

 




No próximo dia 10 de junho, terça-feira, às 18h30, no salão nobre da Academia de Letras de Ilhéus, será realizada a Sessão da Saudade do confrade Gerson Alves dos Anjos, membro efetivo anterior da cadeira nº 17, exemplo de cidadão, que soube honrar a poesia, no exercício da escrita.

A saudação será feita pela confreira Rita Santana. Todos estão convidados.

sexta-feira, 9 de maio de 2025

ACADEMIA DE LETRAS DE ILHÉUS DEU POSSE AO NOVO MEMBRO ALESSANDRO FERNANDES DE SANTANA EM 7 DE MAIO P.P.




Acadêmicos Vercil Rodrigues, Antônio Hygino, Pawlo Cidade, José Nazal, Josevandro Nascimento, Fabrício Brandão, Luh Oliveira, Maria Schaun, Jane Hilda, Alessandro Fernandes, Ruy Póvoas e Ramayana Vargens.


Em 7 de maio p.p, às 19 horas, a Academia de Letras de Ilhéus (ALI) realizou sessão solene de posse do seu mais novo membro, Alessandro Fernandes de Santana. A solenidade, bastante concorrida, foi conduzida por Josevandro Nascimento, presidente do sodalício. Estiveram à mesa, além do presidente da ALI, também a Secretária-Geral Maria Schaun, o prefeito de Ilhéus, Valderico Júnior, a vice-prefeita Wanessa Gedeon, a presidente da Academia de Letras de Itabuna (ALITA), Raquel Rocha, representante da Academia de Letras Jurídicas de Ilhéus, Marcos Flávio Rhem da Silva e o vice-reitor da UESC, Mauricio Moreau.

A cerimônia de posse contou com as presenças dos acadêmicos Ruy do Carmo Póvoas, Ramayana Vargens, Carlos Antonio Hygino, José Nazal Pacheco Soub, , Pawlo Cidade, Jane Hilda Badaró, Fabricio Brandão, Vercil Rodrigues, Luh Oliveira e Anarleide Menezes, Secretária de Cultura do Município de Ilhéus; além de confrades e confreiras de academias irmãs de cidades circunvizinhas, a exemplo de Marcos Bandeira (ALITA) e Samuel Matos (AGRAL), de diversas autoridades, intelectuais, e de familiares e amigos do novo imortal. Registrou-se presença dos professores Renê Albagli e Marcelo Henrique, já eleitos para ocuparem cadeiras na Casa, e que em breve tomarão posse. A professora Larissa Melo, diretora do Núcleo Territorial, esteve presente representando o governador do Estado da Bahia, Jerônimo Rodrigues.


Confrade Ramayana Vargens coloca o broche no acadêmico Alessandro Fernandes devidamente empossado.


Mensagens de congratulações foram encaminhadas por importantes figuras políticas e acadêmicas, como o Ministro interino da Justiça e Segurança Pública, Manoel Carlos de Almeida Neto, também membro da ALI, pela presidente da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem), Cicília Raquel Maia Leite. Membros da ALI que tiveram impedimentos e não puderam comparecer, fizeram suas justificativas, à exemplo de Aleilton Fonseca, Presidente da Academia de Letras da Bahia e também acadêmico da confraria ilheense; de Tica Simões, Maria Luiza Heine, Neuzamaria Kerner, Geraldo Lavigne, Rita Santana, Efson Lima, dentre outros. 


Designada pelo presidente Josevandro Nascimento para fazer a saudação de recepção do novo acadêmico, em nome dos seus pares, Jane Hilda iniciou sua fala dizendo da honra em ter recebido tal missão, visto que a sessão de posse de um novo membro na Academia de Letras de Ilhéus, é ato protocolar da maior importância, pois representa a chegada à instituição de mais uma voz a somar-se àquele grupo de cultores da palavra, das letras e das artes. “É ato simbólico que transcende a mera formalidade e serve como um reconhecimento da contribuição individual do novo acadêmico ao legado intelectual da sociedade”, disse.



A solenidade, bastante concorrida, foi conduzida por Josevandro Nascimento, presidente do sodalício


Frisou também a acadêmica, que a Academia não se limita a ser um espaço de condecoração, mas antes, destina-se a ser um campo de ação onde os membros colaboram para promover a cultura no tempo presente, inspirando novas gerações. “Sempre alinhada aos desafios contemporâneos que a sociedade enfrenta, esta Academia - carinhosamente chamada de Casa de Abel, em homenagem ao seu idealizador e primeiro presidente, o poeta hakaista Abel Pereira - reafirma sua missão de servir como um bastião da cultura, literatura e arte, através de conferências, saraus, publicações, enfim, de iniciativas diversas, sempre alinhada aos desafios contemporâneos que a sociedade enfrenta”, disse. 



Tribuna de honra dos acadêmicos

Ainda em seu discurso, Jane Hilda lembrou que a Academia de Letras de Ilhéus, fundada em 14 de março de 1959 - atualmente com 66 anos - é uma das mais antigas do Brasil. E explicou um dos sentidos da imortalidade acadêmica: “cada novo membro que se associa a este sodalício, há de trazer a lume os elogios aos antecessores de sua cadeira! E então, a história - vida e obra de cada um dos fundadores ou membros efetivos que aqui passaram - é rememorada pelos acadêmicos que chegam, devendo-se tudo registrar nos anais desta Casa, para que suas memórias estejam sempre vivas!” 

Citou, a anfitriã designada, aspectos da biobibliografia de Alessandro Fernandes de Santana que ocupará a cadeira nº 9, cujo patrono é o ilustre Bernardino José de Souza, o fundador, o escritor Adonias Filho, e o ocupante anterior, o desembargador Luiz Pedreira Fernandes. “ o novo confrade é um poeta que mesmo em tempos de cólera, ama e cultiva as belas-letras e explora temas profundos e universais, como o amor. “Rascunhos Reais”, seu primeiro livro de poesias, fala fundamentalmente sobre o amor: o amor pela poesia, o amor pela literatura, o amor que eleva, o amor que dá e que é ele próprio o sentido da vida”.

O novo imortal da ALI nasceu na cidade de Itabuna, em 03 de outubro do ano de 1974, é cidadão ilheense titulado por deliberação da Câmara de Vereadores desta cidade. Professor doutor, poeta, gestor público, intelectual de personalidade multifacetada. É atual reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), a mais antiga instituição pública de ensino superior da região grapiúna da Bahia, que o longo dos 51 anos de existência, vem atuando na formação de profissionais nas mais diversas áreas, e, pelo compromisso que sempre teve com o ensino, a pesquisa e extensão, destaca-se entre as instituições de ensino superior, e se encontra no ranking das melhores universidades, tanto à nível nacional, quanto internacional”. 



Confrade Alessandro Fernandes, presidente Josevandro Nascimento, Prefeito Valderico Júnior e Vice-prefeita Wanessa Gedeon.


O acadêmico recém-empossado, disse a oradora, “publicou seu primeiro livro de poesias: Rascunhos Reais, em 2022, pela Editora Editus, e o próximo, Afetos Reais está pronto, e será publicado ainda neste primeiro semestre do corrente ano. É um poeta que mesmo em tempos de cólera, ama e cultiva as belas-letras, e explora temas profundos e universais, como o amor. “Rascunhos Reais”, seu primeiro livro de poesias, fala fundamentalmente sobre o amor: o amor pela poesia, o amor pela literatura, o amor que eleva, o amor que dá e que é ele próprio o sentido da vida. E mais, quem o vê discursar - e são muitas as oportunidades - sabe da sua eloquência, pois possui a habilidade de se expressar de forma clara, persuasiva e convincente, usando recursos linguísticos e retóricos”.

Em seu discurso de posse, Alessandro Fernandes assume o compromisso de auxiliar a dar continuidade ao legado literário e intelectual que a ALI representa. Enfatizou a necessidade de ampliar os esforços para estimular a leitura entre os estudantes das escolas públicas. Segundo ele, as instituições de ensino e cultura devem trabalhar em conjunto para criar programas de incentivo à leitura que envolvam tanto professores quanto jovens. Ele mencionou o papel da Academia de Letras de Ilhéus, da Universidade Estadual de Santa Cruz e da Prefeitura de Ilhéus na promoção de iniciativas que despertem o interesse pela literatura, considerando a leitura um instrumento fundamental para o desenvolvimento intelectual e social.

Antes do término da sessão, o presidente deu a palavra ao senhor prefeito municipal Valderico Júnior, que o parabenizou pela condução dos trabalhos, parabenizou os oradores pelas brilhantes palavras, e a Academia de Letras de Ilhéus pelo importante momento da chegada de um novo membro, disse do compromisso que sua gestão tem para com o incentivo e apoio à cultura e às artes na cidade de Ilhéus, terra de tantos talentos, destacando, que, exatamente por isso escolheu para a pasta da Secretaria de Cultura do Município a senhora Anarleide Menezes, membro desta Academia.



Informativo da Academia de Letras de Ilhéus / maio 2025

domingo, 4 de maio de 2025

NOTA DE PESAR




Membro da cadeira nº 27, o professor Carlos Valder do Nascimento nasceu em 6 de abril de 1944 e tomou posse na Academia de Letras de Ilhéus em 25 de abril de 2001. Sua cadeira tem como patrono José de Sá Nunes e como fundador Heitor Dias. Ele possui graduação em Direito pela Universidade Estadual de Santa Cruz (1978). Atualmente é Professor Adjunto de Direito Tributário, tendo lecionado Direito Administrativo, Direito Financeiro e Direito Constitucional do Departamento de Ciências Jurídicas da mesma Universidade, (a partir de 1984). Foi Professor de Legislação Tributária e de Direito Tributário dos Cursos de Economia, Ciências Contábeis e Administração. Professor de Direito Administrativo da Escola de Magistratura do Trabalho - EMATRA (do Tribunal Regional do Trabalho da 5º Região). Instrutor Interno de Comunicação Administrativa da CEPLAC (Ministério da Agricultura e do Abastecimento). É Professor da Escola Superior de Advocacia Orlando Gomes da OAB-BA. Procurador Seccional da Advocacia-Geral da União (1993-2003); Procurador-Chefe da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Advogado Parecerista no Estado da Bahia. 

Carlos Valder do Nascimento nos deixou na madrugada deste domingo, 04 de maio de 2025, aos 81 anos.




sexta-feira, 2 de maio de 2025

ALESSANDRO FERNANDES DE SANTANA TOMA POSSE NA ACADEMIA DE LETRAS DE ILHÉUS



Alessandro Fernandes Santana, professor do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC. Graduado em Economia e em Administração pela Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC, Especialista em Economia de Empresas pela Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC, Mestre em Cultura & Turismo pela Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC e Universidade Federal da Bahia - UFBA e Doutor em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ e atual Reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz, em seu segundo mandato, toma posse nesta quarta-feira, dia 7 de maio de 2025, na Academia de Letras de Ilhéus.

Professor pleno do departamento de ciências econômicas, presidente do conselho de administração do centro de pesquisas - CEPEDI, membro da associação brasileira de reitores das universidades estaduais e municipais - ABRUEM, coordenador do programa de apoio gerencial e institucional dos municípios da região sul da Bahia, membro da Academia de Letras de Itabuna, membro benemérito da Academia Grapiúna de Letras e Artes.

Já ocupou outros cargos de destaque como Pró-reitor de extensão universitária da UESC, presidente do Fórum de Reitores das Universidades Estaduais da Bahia, Coordenador do Curso de Ciências Econômicas da UESC, professor da UNIME, professor da FTC, Secretário Municipal de Educação e Cultura de Arataca - BA. É detentor do título de cidadão ilheense, comendador do Município de Ilhéus.



O professor Alessandro Fernandes de Santana se tornará membro efetivo da cadeira nº 9, ocupada anteriormente pelo confrade Luis Pedreira Fernandes, que tem como patrono Bernardino José de Souza e como fundador Adonias Filho. O futuro confrade será saudado pela confreira Jane Hilda Badaró.

segunda-feira, 14 de abril de 2025

SOBRE MÁRIO VARGAS LLOSA





SOBRE MÁRIO VARGAS LLOSA
Cyro de Mattos(*)


"Mario Vargas Llosa integrou o grupo formado por Carlos Fuentes, Jorge Luís Borges, Gabriel García Márquez, Augusto Roa Bastos, Alejo Carpentier, José Revueltas, Julio Cortázar e outros". 


Mário Vargas Llosa, esse magnífico escritor peruano, de atuação importante na política de seu país, deixou o reino dos humanos. Fez parte da geração de escritores latino americanos que irrompeu na Europa com uma literatura moderna, na segunda metade do século XX. 

Uma literatura que causava espanto aos meios literários da Europa, apresentando-se com técnica avançada, desenvolvida em torno do homem com sua problemática existencial, social e inquietações muitas vezes em ambiente mágico. Os personagens como anti-heróis não mais fixados nos limites estreitos de um regionalismo telúrico, fotográfico e realista. 

Neste sentido, Mario Vargas Llosa integrou o grupo formado por Carlos Fuentes, Jorge Luís Borges, Gabriel García Márquez, Augusto Roa Bastos, Alejo Carpentier, José Revueltas, Julio Cortázar e outros. 

E dizer que em 1982 participei da antologia Latinamerikas Spejl (Espelho da América Latina), da Editora Vindrose, de Copenhague, organizada pelos professores doutores Uffe Harder e Peter Poulsen, da qual fazia parte Mario Vargas Llosa. Participei com a novela Ladainha nas Pedras (Klagesang i klipperne), do livro Os Brabos, Prêmio Afonso Arinos da Academia Brasileira de Letras. 

Na antologia publicada na Dinamarca participam Alejo Carpentier, José Donoso, Juan Carlos Onetti, Juan José Arreola, Julio Cortazar, Uslar Pietri, Jorge Luís Borges, Mário de Andrade, Aníbal Machado, Carlos Drummond de Andrade e Miguel Angel Astúrias.

Até hoje agradeço a Deus esse presente caído do céu.

(*) Cyro de Mattos é membro da cadeira nº 16, da ALI. É também membro da Academia de Letras de Itabuna - ALITA e Academia de Letras da Bahia (ALB).

quinta-feira, 3 de abril de 2025

CADEIRA 23 — MEMBRO EFETIVO




GERALDO LAVIGNE DE LEMOS

 

Membro da Cadeira nº 23

Data de nascimento: 30 de outubro de 1986

Data de posse: 19 de setembro de 2014

Efetivo anteriores: Ramiro Berbert de Castro, Demóstenes Berbert de Castro, Euclides José Teixeira Neto, Mário de Castro Pessoa.

Patrono: Gutemberg Berbert de Castro
Fundador: Ramiro Berbert de Castro

 

Breve currículo

 

Geraldo Lavigne de Lemos é advogado, pesquisador e poeta. Especialista em Gestão Pública e em Direito Notarial e Registral, mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, doutorando em Energia. Atua em consultivo, preventivo e contencioso estratégico, nas especialidades de Direito Civil, Contratos, Imobiliário, Energia, Ambiental, Responsabilidade Civil e Terceiro Setor. Acredita na advocacia com propósito, exercida de forma objetiva, técnica, digital e humana. Valoriza relações interpessoais e ambientes criativos, íntegros e de aprendizado. Cria soluções estratégicas em questões jurídicas complexas, processuais ou não. Desenvolve saídas contratuais e transaciona negócios inovadores, multilaterais e em conflito. Desempenha advocacia especializada e de assistência plena, com presteza e eficiência. Publicou dois artigos científicos na Diké (2010 e 2012) e organizou o livro Legislação Simbólica: uma realidade constatada (2012). 


Pesquisador no Research Centre for Greenhouse Gas Innovation (RCG2I). Membro da Associação Brasileira de Jurimetria (ABJ), da Comissão Especial de Direito Imobiliário (OAB/SP) e da Latin American Climate Lawyers Initiative for Mobilizing Action (LACLIMA). Membro do corpo editorial do Boletim Redireito. 


Publicou literatura nas revistas Revista da Academia de Letras da Bahia, Estante (Academia de Letras de Ilhéus), Cult (Seção Oficina Literária, on-line), Diversos Afins, Mallarmargens, Subversa, InComunidade, Ser MulherArte, Acrobata e Gueto, nos jornais Diário de Ilhéus (Ilhéus/BA), Fuxico (Feira de Santana/BA) e A Gazeta (Vitória/ES) e nos blogues LiteraturaBR e Poeta de Praça Vazia. Foi curador do II Festival Literário de Ilhéus e coorganizador do V Festival Literário de Ilhéus (3ª Festa Literária de Ilhéus) e do I Festival Literário Sul-Bahia, parecerista ad hoc da Editus e membro de comissão julgadora de concursos literários.

 




Obras publicadas

 

Primeira poesia revisitada (Patuá, 2023)
Poesia de Aluvião: novos territórios da literatura sul-baiana contemporânea (Patuá, 2022)
Poética da existência (Patuá, 2019)
Poemas furta-cores (Editus, 2018)
Massapê: solo de poesia (Mondrongo, 2016)
Alguma sinceridade (Mondrongo, 2014)
Amenidades (Mondrongo, 2014)
À espera do verão (Mondrongo, 2011)

 

Redes Sociais

 

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segunda-feira, 31 de março de 2025

SAPHO: PARA ALÉM DE UM LIVRO EM ILHÉUS

A concepção do livro foi definida: uma obra que reunisse os diversos gêneros; que pudesse apresentar as obras plásticas e 
que refletisse o contexto “safhiano” de ser e existir. 





Em Ilhéus, tradicionalmente, Aleilton Fonseca e Rita Santana, quando vão à Princesa do Sul, visitam à senhora Sapho, uma estátua situada na Praça do  Palácio Paranaguá. Nesse local funcionava a sede do poder executivo ilheense. A praça continua importante: lá permanece as sedes do poder legislativo, de grupo maçônico e a imponente Associação Comercial de Ilhéus. E claro, a linda escultura de Inverno, à frente da Igreja Batista, encontra-se por lá também. 

Um belo dia, no grupo de WhatsApp da Academia, eis que surge a ideia de homenagear Sapho, Então, autoconstituimos um grupo para cuidar da homenagem e organizar um livro.  Afinal, parafraseando a acadêmica Maria Schaun, Sapho merecia um livro. Então, a Comissão organizadora foi constituída por mim, Aleilton Fonseca, Anarleide Menezes, Luh Oliveira e Ramayana Vargens.

A concepção do livro foi definida: uma obra que reunisse os diversos gêneros; que pudesse apresentar as obras plásticas e que refletisse o contexto “safhiano” de ser e existir. Sapho com “ph“ ou sem? Eis que a dúvida foi levantada e permaneceu com “ph” para homenagear conforme escrita existente ao pé da estátua.  Agora, restava-nos convidar as pessoas. E assim, a comissão organizadora foi convidando poetas, escritores e artistas plásticos para constituírem  o painel em homenagem a Sapho.

Sapho não é uma mera estátua em Ilhéus, nascida na Grécia, viveu na Ilha de Lesbos e foi uma das primeiras poetas (mulher, para reforçar) na Antiguidade.  A sua obra imortalizada reflete a diversidade social e auxilia-nos a refletir sobre o cotidiano da sociedade brasileira. 

O lançamento do livro ocorreu, mesmo que de forma rápida, na Academia de Letras de Ilhéus, no dia 14 de março,  visto que a data exigiu prestação de contas da diretoria passada, posse da nova Gestão  e saudação a Castro Alves, sem também deixar de registrar o lançamento da Revista Estante, n.º 02, da Academia. O momento foi concorrido de atividades.  Em razão da obra e das inquietações, a Praça J. J. Seabra ganhou de presente as estátuas higienizadas de Sapho e  Inverno. O gradil foi pintado e a iluminação reinstalada. Foram pequenas ações, mas a Prefeitura de Ilhéus, por meio da Secretaria de Cultura, surpreendeu-nos positivamente e sinalizou que podemos fazer trabalhos conjuntamente. Ganha a cultura, a cidade fica mais bonita e os cidadãos agradecem.             

O livro “Celebrações a Sapho, musa de Ilhéus (Centenário1924 – 2024)” congrega diversos poetas, escritores, professores, fotógrafos e artistas plásticos: Antonio Sá da Silva,  Aleilton Fonseca, Antônio Lopes,  Efson Lima, Francino Vieira,  Jane Hilda  Badaró, José Nazal, Marcos Bandeira, Nívia Maria Vasconcellos, Pawlo Cidade,  Adrian Eysen,  Clarissa Macedo, Cyro de Mattos, Décio Torres, Elisa Oliveira, Fabrício Brandão, Geraldo Lavigne de Lemos,  Goulart Gomes,  Heitor Brasileiro,  Heloísa Prazeres, Leônidas Azevedo Filho,  Lia Sena,  Luh Oliveira,   Maria Luiza Heine, Ordep Serra, Piligra,  Rafael Gama Moreira,  Ramayana Vargens, Renato Oliveira de Prata,  Rita Santana,  Sandro Ornellas, Sérgio Ribeiro,  Silmara Santos, Silvio Jessé,  Suany Lima, Tallýz Mann, Uaçaí Lopes e  Vladimir Queiroz. Então,  esse conjunto de pessoas se aglomerou para em poesia, prosa, fotografias e pinturas celebrar o centenário da presença de Sapho em Ilhéus. 

A professora Maria Luiza Heine, em síntese, resume a importância da escultura de Sapho para Ilhéus: “Cem anos depois, este monumento continua gerando admiração e curiosidade nos turistas e visitantes. Bela, rara e inigualável, a musa esculpida: uma perfeição. A escultura de Sapho é uma preciosidade a embelezar a praça principal do Centro de Ilhéus.” Portanto,  Sapho se tornou um patrimônio da região, quiçá do Brasil, afinal, a escultura foi  desenvolvida pelo italiano Pasquale de Chirico, inclusive, com várias obras em Salvador e tendo sido professor da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia.

 

Efson Lima – membro da Academia de Letras de Ilhéus e da Academia Grapiúna de Artes e Letras ( Agral). Doutor e mestre em Dirreito/UFBA. Advogado. efsonlima@gmail.com

LIVRO EM HOMENAGEM AO HISTORIADOR ANDRÉ ROSA SERÁ LANÇADO NA ACADEMIA

O livro é uma homenagem da autora para seu irmão André Rosa, 
(membro efetivo anterior da Academia de Letras de Ilhéus) 
que fez a passagem no dia 7 de abril de 2024. 




llhéus, cidade marcada por sua riqueza cultural e histórica, ganha um novo olhar através da literatura infantojuvenil. Trata-se do livro “Menino dos Ilhéus”, de Anna Lívia Rosa Ribeiro, com ilustrações de Márjara Martins.

O livro convida o leitor a mergulhar no universo de um garoto que compartilha suas descobertas, seu sentimento de pertencimento ao lugar onde nasceu (a cidade de Ilhéus), compartilhando os costumes e a cultura local. Com cores quentes, vibrantes, a obra destaca suas aventuras, aprendizados e conexões profundas com a história do lugar, as pessoas e o ambiente ao seu redor.

Assim como um viajante que pisa pela primeira vez na cidade, o leitor é conduzido por cenários e personagens que dão vida à essência do menino leitor, historiador, pesquisador, professor, escritor, poeta e gostava de desenhar.

A narrativa destaca a conexão entre infância e território, estimulando o olhar sensível para o ambiente e as relações humanas. Além de encantar o público infantojuvenil, “Menino dos Ilhéus” se torna um importante material pedagógico, despertando o interesse de escolas e projetos culturais que valorizam a literatura regional. 

O livro é uma homenagem da autora para seu irmão André Rosa, (membro efetivo anterior da Academia de Letras de Ilhéus) que fez a passagem no dia 7 de abril de 2024. 

Anna Lívia é Mãe, Avó, Ilheense, Pedagoga, Professora, Especialista em Educação Infantil, Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, Graduada em Gestão em Turismo, Sócia Diretora na empresa ViaDestino Viagens. Ama viajar, ir ao cinema, ir à praia, ler. Desde pequena via seu irmão às voltas com livros e leituras, o que a motivou a presentear seus filhos com livros.

“Escrever um livro em homenagem a meu irmão, é desafiar o esquecimento, transformando saudade em eternidade e memória em legado. É erguer um monumento de palavras onde a memória jamais se apaga e a ausência física dá lugar ao amor que transcende”, declara a autora.

O lançamento do livro acontece no dia 7 de abril de 2025 na Academia de Letras de Ilhéus às 18h30, e promete ser um momento especial para os familiares, amigos, educadores, pais, viajantes e amantes da cultura ilheense.

domingo, 30 de março de 2025

CADEIRA 14 — MEMBRO EFETIVO




JOSEVANDRO RAYMUNDO FERREIRA NASCIMENTO

 

Membro da Cadeira nº 14

Data de nascimento: 03 de abril de 1952

Data de posse: 06 de dezembro de 2007

Efetivo anterior: Abel Pereira
Patrono: Ciridião Durval
Fundador: Abel Pereira

 

Breve currículo

 

Possui graduação em Direito pela Universidade Estadual de Santa Cruz (1975) e Mestrado em Direito Público pela Universidade Gama Filho (1999). Foi professor da Faculdade de Tecnologia e Ciências e Coordenador e fundador do curso de Direito da Faculdade Madre Thais; Presidente da Academia de Letras de Ilhéus nos períodos 2013 a 2017; professor aposentado do Instituto Municipal de Ensino Eusinio Lavigne e da Universidade Estadual de Santa Cruz. É jornalista militante, inscrito na Associação Bahiana de Imprensa sob n 300 e Advogado, inscrito na OAB/BA sob n 4.801. 

 

É casado e pai de uma filha, avô de duas netas, encontrando na família uma fonte constante de inspiração e motivação. Exerceu dois mandatos como vereador, 1977 a 1986, e demonstrou seu compromisso com o bem-estar e o progresso de Ilhéus. A sua vida é marcada por paixão pela sua cidade, seja por meio da cultura, educação e formação de cidadãos, seja através da sua dedicação como membro da Academia de Letras de Ilhéus, da Academia de letras Jurídicas do Sul da Bahia, da Academia de Letras Jurídicas de Ilhéus e da Academia Brasileira Rotária de Letras da Bahia (ABROL).

 

Seu compromisso com o serviço público estende-se ao Rotary Clube de Ilhéus e à Maçonaria, o que faz retratar seu desejo de contribuir para causas humanitárias e comunitárias. Como presidente da ALI por dois mandatos, demonstrou sua habilidade em liderar e unir diferentes vozes em prol de um objetivo comum.

 

Atualmente exerce a função de Assessor do Prefeito Municipal de Ilhéus e o terceiro mandato na Academia de Letras de Ilhéus para o período 2025-2026.

 

Obras publicadas:

 

A falência do sistema prisional brasileiro 
Instituto de Direito Penal
A trajetória Institucional do Prof. Soane Nazaré de Andrade da FESPI à UESC 

 

sábado, 29 de março de 2025

Academia de Letras de Ilhéus sediará novamente outra obra poética de Moysés Netto Simões




O próximo encontro literário marcado na Academia de Letras de Ilhéus compreende o lançamento do livro de Literatura, Segredos do Tempo, de autoria do poeta Moysés Netto Simões, que será realizado no Salão Nobre dessa instituição, rua Antônio Lavigne de Lemos, 39, Centro, Ilhéus (BA), no dia 2 de abril, às 18 horas.

Segredos do Tempo possui o selo editorial da Via Litterarum. Mereceu a leitura das ensaístas, intelectuais e professoras de Literatura Margarida Cordeiro Fahel e Ana Maria de Bulhões Carvalho, dentre outros leitores profícuos. Margarida Fahel assina o prefácio e Ana Maria de Bulhões-Carvalho assina a orelha. Na quarta capa consta fragmentos de leitura de outros leitores entusiasmados com essa obra.

Quem é este poeta?

Moyses Netto Simoes Filho dos destacados professores e pesquisadores Henrique Campos Simões (in memoriam) e Maria de Lourdes Netto Simões. E é pai da Juliana Simões.

Engenheiro Eletricista. Possui Pós-Graduação em Oceanografia e Psicoterapia Holística. 

A estreia literária de Moysés Simões aconteceu ainda na infância com a publicação do conto A grande decisão, que narra a vitória do time dele (Grêmio Mirim) em um campeonato de futebol.

Transitou por alguns gêneros literários e seguiu, então, a carreira construindo versos. A natureza e o conhecimento são temas centrais da produção escrita dele.

Lançou o seu primeiro livro solo de poemas Treze luas, incontáveis percepções: O sol do novo tempo na Academia de Letras de Ilhéus. Depois desse veio Uma Jornada Interior (poemas). Agora, com Segredos do Tempo, o poeta pensador/pensador poeta, para usar uma nomenclatura cunhada pela leitora especializada Margarida Fahel, Moysés Netto Simões conclui a trilogia poética Vida.

sábado, 15 de março de 2025

ACADEMIA DE LETRAS DE ILHÉUS TEM NOVO PRESIDENTE PARA O BIÊNIO 25/26: JOSEVANDRO NASCIMENTO



Na sequência: Fabrício Brandão, Pawlo Cidade, Efson Lima, José Nazal, Leônidas Azevedo, Josevandro Nascimento, Aleilton Fonseca, Maria Schaun, Luh Oliveira, Jane Hilda Badaró, Neusa Nascimento, Antônio Hygino, Sebastião Maciel, Anarleide Menezes e Vercil Rodrigues.


O professor e advogado Josevandro Raymundo Ferreira Nascimento (cadeira 14) foi empossado no cargo de presidente da Academia de Letras de Ilhéus (ALI), ao lado dos membros da nova diretoria, durante a solenidade realizada na noite desta sexta-feira, 14, para o biênio 2025-2026. O ato contou com a presença da vice prefeita de Ilhéus, Wanessa Gedeon, que representou o prefeito Valderico Júnior e da jornalista Naianne Ministro, superintendente de comunicação da Prefeitura de Ilhéus.

A sessão também foi prestigiada por autoridades militares, política e civis, a exemplo dos representantes do Rotary, Lions, OAB/BA, maçonaria, Wenceslau Júnior, Superintendente de Economia Solidária do Estado da Bahia, Anarleide Menezes, secretária municipal de cultura, além de membros da imprensa (sites, blogs, portais e jornais) regional, que no caso de Itabuna, esteve representada por Angélica Rodrigues, colunista dos jornais e sites DIREITOS e O COMPÁSSO. Enviaram representantes a Academia de Letras Jurídicas do Sul da Bahia (Aljusba), Academia Grapiúna de Letras (Agral) Academia de Letras Jurídicas de Ilhéus (ALJIL), Academia de Letras de Itabuna (Alita) e a Academia Maçônica de Letras Ciências e Artes da Região Grapiúna (Amalcarg).



O presidente Josevandro Nascimento presta juramento 


A cerimônia de posse, que abriu os trabalhos ordinários da Academia em 2025, contou com os lançamentos da “Revista Estante 2” e do livro “Celebrações a Sapho Musa de Ilhéus (1924-2024)”, produzidos pelos “imortais” da casa das letras ilheense e pela participação especial da atriz e professora Teresa Damásio que recitou Navio negreiro de Castro Alves.

Na oportunidade, o presidente da Academia de Letras da Bahia (ALB) e membro da ALI (cadeira 24), Aleilton Fonseca, fez uma louvação ao poeta Castro Alves, patrono da Academia de Letras de Ilhéus. Por sua vez, o presidente Pawlo Cidade, que deixa o cargo, fez um balanço das suas duas profícuas gestões junto a instituição liteiro-cultural ilheense. Enquanto que o novo presidente Josevandro Nascimento, que assume os destinos da “Casa de Abel” pela terceira vez, declarou que dará continuidade aos bons projetos do seu antecessor e que com a sua diretoria implantará novos.



Zé Carlinhos, colunista; Josevandro Nascimento, Efson Lima 
e a jornalista e fotógrafa Angélica Rodrigues



Efson Lima, Jamilton e Wenceslau Júnior, superintendente de Economia 
Solidária do Estado da Bahia e Pawlo Cidade


Estiveram presentes os acadêmicos: Josevandro Nascimento, Vercil Rodrigues, Gustavo Cunha, Jorge Matos, Anarleide Menezes, Fabrício Brandão, Efson Lima, Sebastião Maciel, Antônio Hygino, Jane Hilda Badaró, Leônidas Azevedo, Neusa Nascimento, José Nazal, Maria Schaun, Luh Oliveira, Tica Simões e Aleilton Fonseca.

Texto de Vercil Rodrigues, membro da cadeira 21, para o Jornal Compasso e este blog. Fotos de Angélica Rodrigues.