domingo, 24 de abril de 2022

A POSSE DE EFSON LIMA NA ACADEMIA DE LETRAS DE ILHÉUS



Efson Lima fazendo o juramento

Em noite de 22 de abril de 2022, a nossa Academia de Letras de Ilhéus esteve iluminada, ainda mais, com a posse do confrade Efson Lima. Narrou-se, naquela oportunidade, uma história de transbordar emoções, de fazer aguar muitos olhos, inclusive os meus. Uma história de superação e vitória, digna de aplausos. 

Contou-se que uma família humilde, de trabalhadores das roças de cacau - composta por sr. Daniel, d. Maria Geni e seus 9 filhos - morava em uma casinha de taipá, na zona rural de Itapé, na Bahia. Que, movida pela necessidade de novas perspectivas, a família deixou a roça, seus roçados, e a única vida que conheciam, para aventurar num mundo novo, numa cidade, numa zona urbana, em busca de melhores condições de sobrevivência. Juntos, colocaram os poucos pertences que tinham - entre eles o amado cachorrinho Gazo - em cima de um caminhão, subiram na boléia, e vieram para Ilhéus. 

Daqui nada conheciam, e a luta foi árdua. Moraram em vários endereços, tantas quantos os parcos recursos financeiros iam permitindo. Os esforços foram grandes, mas, sempre havia honradez, dignidade e esperança. 

Pois bem, nesta noite de abril do ano de dois mil e vinte e dois, noite iluminada de alegria, a família viu chegar um dos seus filhos na Casa de Abel: Efson Lima - que aprendeu a ler por si só, com a determinação e a curiosidade de menino inteligente, - cresceu, estudou, aproveitou oportunidades, cativou pessoas e espaços distribuindo a simpatia que lhe é nata, tornou-se doutor e professor em Direito, articulista, cultor da arte e cultura, e assim, brilhantemente pavimentou seu caminho...

Chegou neste sodalício, nesta confraria, nesta casa por onde passou e passam tantas inteligências de reconhecimento local, regional, nacional... chegou onde pretendeu chegar, por que assim fez por merecer. Faz por merecer. 

D. Maria Geni, que há poucos meses fez a passagem para outro plano, esteve presente todo o tempo, porque esta história de glória é muito dela também. Sr. Daniel e todos os seus filhos estavam ali. 

A representação dos capicongos e dos habitantes dos morros ilheenses, enfim, chegou na Academia de Letras de Ilhéus. Emoção não faltou quando das belas palavras do agora confrade Efson Lima e da oração de saudação proferida com muita sensibilidade pela confreira Maria Luiza Heine. Casa cheia, lotada! 

Representatividades diversas. Familia numerosa, professor Antonio Sá da UFBA - orientador de Efson no Doutorado em Direito, prof. Alderacy docente de Efson no cursinho preparatório para o vestibular à epoca oferecido gratuitamente pela UESC, ex-vereadora Marlucia Paixão, Superintendente estadual de Economia Solidária Milton Barbosa, presidente do Lions Clube Ilheus Norte Lucimar Bitar, Eliene Hygino , guardiã da ALI, alguns municípios vizinhos se fizeram presentes, vereador Cláudio Magalhães de Ilhéus e da Vereadora Wilmaci Oliveira de Itabuna, representação da OAB com dra. Vanessa Gerson e seu dr.Fred, Secretária de Cultura de Itajuipe Silmara Oliveira, Secretário Municipal de Itacaré, Membro da Academia de Itabuna, escritor e ex-prefeito de Itororó Adroaldo Almeida, poetas, artistas, militantes da cultura grapiúna, integrantes do coletivo FLISBA (Festival Literário Sul Baiano) enfim, uma lista grande de pessoas e instituições por ele cativadas. 

Estavam presentes os acadêmicos Pawlo Cidade, Jane Hilda, Aleilton Fonseca também na representação da Academia de Letras da Bahia, Ramayana Vargens, Antonio Lopes, Josevandro Nascimento, Antonio Carlos Hygino, Luh Oliveira, André Rosa, Maria Luiza Heine, Anarleide Menezes, Gerson dos Anjos, Fabrício Brandão. 

Fotógrafos com seus cliks, e um saboroso coquetel assinado por Alana Maron. Sim. Uma noite memorável! Emocionante! Que seja bem vindo o confrade Efson. Que seja muito bem vindo! Arregaça as mangas, nobre amigo, pois na missão de servir à pátria cultuando a literatura, a cultura e as artes, a Academia de Letras tem muito trabalho, e a nós, acadêmicos, cabe o dever de fazer acontecer. 

Um salve para Yolando Souza, Mestre de Cerimônia. Amigo da ALI. Pessoa do mais fino trato. Mui gratos! 

E viva a Academia de Letras de Ilhéus, que seus 63 anos de existência se prolonguem para a imortalidade...sempre lembrada por muitas e muitas gerações! 


Texto: Jane Hilda Badaró
Fotos de : Alderacy Júnior, Mauricio de Jesus




Foto oficial dos acadêmicos presentes



Secretária geral, Jane Hilda, e o presidente Pawlo Cidade



Confrade Aleilton Fonseca coloca o broche no novo acadêmico



Confreira Maria Luiza Heine responsável pela saudação ao novo acadêmico


segunda-feira, 18 de abril de 2022

SEXTA-FEIRA, DIA 22, TEM POSSE DO ESCRITOR Efson Lima


O professor de Direito, escritor e articulista Efson Lima toma posse como novo membro da Academia de Letras de Ilhéus (ALI) na próxima sexta-feira (22), no Salão Nobre da instituição. A solenidade está prevista para as 19h.

Articulista de jornais diários baianos e um dos coordenadores do Festival Literário Sul-Bahia (Flisba), Efson teve o apoio necessário de votos já na indicação para a ALI, o que dispensou a eleição para escolha do novo membro, informou o presidente da Academia, Pawlo Cidade. Toma assento à cadeira 40 da Academia.

Conforme previsto, Efson Lima será saudado pela ex-presidente da ALI Maria Luiza Heine, na próxima sexta (22), na sede da Academia de Letras de Ilhéus, na Rua Antônio Lavigne de Lemos, 39, Centro, Ilhéus, Bahia, Brasil.

Efson foi aluno de Maria Luiza Heine, que lembra dos tempos de faculdade. “[Efson] Era aquele aluno que se aproximava para conversar, querendo ir além do assunto dado. Um dia me procurou querendo saber mais da Academia de Letras de Ilhéus, cresceu e adquiriu conhecimento para conhecer a Academia por dentro. Vai entrar pela porta da frente”, orgulha-se a ex-presidente.

Presidente da ALI, Pawlo Cidade vê na chegada de Efson ganho inestimável para a nossa Academia. Ele ressalta a experiência, a dedicação e o amor pelas letras que enxerga no novo membro.

Já o poeta, ensaísta e membro das academias de Letras da Bahia (ALB) e de Ilhéus (ALI) Aleilton Fonseca, vê Aleilton na Academia com imensa alegria, prazer e satisfação. “A Academia de Letras de Ilhéus ganha muito com a sua participação efetiva nas atividades de promoção da nossa Literatura.”

O jornalista e consultor cultural Alderacy Pereira teve Efson Pereira como seu aluno, ainda na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), em 2004. “Recordo, nitidamente, dos olhos dele brilhando e me apresentando seus primeiros artigos de opinião”, relembra, completando: “Quando vejo um texto assinado pelo articulista Efson Lima, leio com grande interesse e volúpia”, encerra, não sem destacar o orgulho ao saber da posse do escritor e professor na ALI.

Fonte: pimenta.blog.br

terça-feira, 12 de abril de 2022

NOSSAS TERTÚLIAS ACADÊMICAS ESTÃO DE VOLTA!


Abrindo a segunda edição das Tertúlias Acadêmicas, o professor e doutor André Luiz Rosa, membro da ALI, fala sobre a produção poética de Sosígenes Costa, a partir de uma pesquisa de poemas ainda não publicados em livro pelo autor.

Sosígenes Marinho da Costa nasceu em Belmonte, sul da Bahia, cidade presente em diversos dos seus poemas. No início dos anos 1920 começou a publicar seu versos em jornais e revistas. Aos 25 anos mudou-se para Ilhéus, cidade em que produziu a maior parte de sua obra e onde trabalhou como professor primário, telegrafista, escriturário e secretário da Associação Comercial. A partir de 1928 estreou na imprensa e colaborou como redator no jornal Diário da Tarde e, esporadicamente, com periódicos de Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. No mesmo ano, devido à sua paixão pela literatura, ingressou na Academia dos Rebeldes, grupo modernista liderado por Pinheiro Viégas, e composta por Alves Ribeiro, Clovis Amorim, Dias da Costa, Da Costa Andrade, Jorge Amado, Walter da Silveira, dentre outros que tinham o desejo de mudar a literatura baiana juntamente com os grupos de Samba e Arco & Flexa. Aposentou-se em 1954 como telegrafista do antigo DCT - Departamento de Correios e Telégrafos, um tempo depois mudou-se para o Rio de Janeiro, onde residiu até a sua morte em 1968. Seu primeiro livro foi Obra Poética publicado em 1959 pela editora Leitura, pelo qual recebeu o Prêmio Jabuti de Poesia e o Prêmio Paula Brito.

Nesta nova edição do Tertúlias Acadêmicas serão homenageados os fundadores, patronos e efetivos anteriores que ocuparam as cadeiras da Academia de Letras de Ilhéus. 

O Tertúlias Acadêmicas tem novo dia e horário, quinta-feira, 19h, mensalmente, no Instagram da ALI.

ACADEMIA DE LETRAS DE ILHÉUS DARÁ POSSE A EFSON BATISTA LIMA

Efson Batista Lima ocupará a cadeira nº 40


Referência cultural em Ilhéus e na Bahia, especialmente, a Academia de Letras de Ilhéus (ALI) possui uma rica e diversificada atuação na Região Grapiúna. Fato que, certamente, deva atrair o interesse na formação continuada de novos membros acadêmicos (confrades e confreiras, no tratamento entre eles) e adesão de intelectuais, pesquisadores, turistas e comunidades em geral. Plantada e bem adubada nestes solos de natureza pujante e diversidade cultural, desde 14 de março de 1959, a ALI, de lema em latim Patriae Litteras Colendo Serviam, possui uma série de serviços culturais, como por exemplo, palestras de cunho educativo, cultural e histórico, saraus, e, recentemente a produção e circulação de uma revista própria – sonhada desde a sua implantação – que foi batizada com o nome Estante, prestando, assim, justa homenagem a um dos seus membros e autor dos ensaios reunidos em Estante da Academia, o encantado Francolino Neto.

Essa Academia é composta de 40 (quarenta) membros efetivos. Quando acontece o falecimento de um dos acadêmicos, a vaga fica disponível para a devida atualização. Recentemente, a cadeira de número 39 (trinta e nove) foi renovada com o ingresso do jovem brilhante doutor Manoel Carlos de Almeida Neto. Agora, coincidente, teremos o preenchimento da cadeira seguinte de número 40 pelo também jovem brilhante doutor Efson Batista Lima, que é um dos articulistas nos jornais A Tarde e Diário de Ilhéus, respectivamente, dos municípios de Salvador e Ilhéus, e ainda um dos articuladores do Festival de Literatura Sul-baiana (FLISBA).

De acordo com o novo Regimento Interno, o ingresso de um membro na ALI é da seguinte maneira: A pessoa interessada em ser confrade ou confreira não se candidata. Os grupos de acadêmicos propõem a indicação dos nomes, apresentando currículo e obras dos seus respectivos indicados. Na sequência, há uma sessão na qual os acadêmicos manifestam ou não apoio. A indicação que obtiver 21 (vinte e um) apoios é eleito nesse momento. Caso não alcance essa quantidade de apoio, ocorrerá uma eleição 30 (trinta) dias após a sessão da(s) indicação(ões), declarado novo(a) acadêmico(a) quem obtiver o maior número de votos.


Ainda em conformidade com a legislação atual da ALI, o presidente Pawlo Cidade elucida a validação do nome do futuro acadêmico Efson Lima com essas palavras textualmente: “Ele teve o apoio necessário de votos já na indicação, o que garantiu a dispensa de uma eleição.”

A posse de Efson Batista Lima, que será saudado pela articulista, intelectual e ex-presidente da ALI, Maria Luiza Heine, será no dia 22 de abril, no Salão Nobre da Academia de Letras de Ilhéus, na Rua Antônio Lavigne de Lemos, 39, Centro, Ilhéus, Bahia, Brasil.


Assim se manifestaram sobre a posse de Efson Lima:

“A entrada de Efson Batista Lima é um ganho inestimável para a nossa Academia. A experiência, a dedicação e o amor pelas letras dele enriquecerá a confraria sobremaneira, colocando a Casa de Abel (como também é conhecida a ALI) no pilar das instituições que acolhem homens e mulheres de bem.”


(Pawlo Cidade, escritor e presidente da ALI)


“Conheço Efson Lima desde 2006, quando era um jovem iniciando seus primeiros voos. Foi meu aluno na Faculdade de Ilhéus (Ilhéus, Bahia). Era aquele aluno que se aproximava para conversar, querendo ir além do assunto dado. Um dia me procurou querendo saber mais da Academia de Letras de Ilhéus, cresceu e adquiriu conhecimento para conhecer a Academia por dentro. Vai entrar pela porta da frente.”

(Maria Luiza Heine, articulista, intelectual e ex-presidente da ALI)


“Efson Lima é um escritor muito presente e comprometido com a vida cultural grapiúna. A Academia de Letras de Ilhéus ganha muito com a sua participação efetiva nas atividades de promoção da nossa Literatura.”

(Aleilton Fonseca, poeta, ensaísta e membros das Academia de Letras da Bahia (ALB) e ALI)


“É com imensa alegria, prazer e satisfação que recordo da ocasião, na qual o hoje doutor Efson Batista Lima foi meu aluno de Leitura e Produção de Texto no Curso Pré-vestibular Universidade Para Todos, promovido pela nossa Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), em 2004. Recordo, nitidamente, dos olhos dele brilhando e me apresentando seus primeiros artigos de opinião. Recordo ainda que explicava e orientava aos participantes desse curso, que a principal motivação para o escritor ou a escritor é saber que o texto dele(a) será lido e apreciado pelos leitores. Quando vejo um texto assinado pelo articulista Efson Lima, leio com grande interesse e volúpia. Assim, a notícia da sua posse na Academia de Letras de Ilhéus é motivo de imenso orgulho, pois sei que ele é, de fato, brilhante e possui muita competência para escrever e participar ativamente de uma instituição do porte desta instituição cultural sul-baiana.”

(Alderacy Pereira, jornalista, consultor cultural coordenador da Sala de Leitura Ruy do Carmo Póvoas e titular do Setorial de Literatura do Conselho de Políticas Públicas Culturais do Município de Ilhéus)

Assessoria de Comunicação/Alderacy Pereira
 

sexta-feira, 1 de abril de 2022

TRATADO DE ALQUIMIAS DO VERBO E DO VERSO, NOVA OBRA DE CIRO BARBUDA, QUE SERÁ LANÇADO NA ACADEMIA DE LETRAS DE ILHÉUS



“Tratado de alquimias do verbo e do verso” é a mais nova obra de Ciro Barbuda, poeta soteropotalino residente em Porto Seguro, membro da Academia de Letras do Brasil – Seccional Eunápolis (Cadeira n.° 3) e doutor em Estado e Sociedade pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). 

Por ser dividida em quatro partes, como as antigas obras dramatúrgicas da Grécia, a tetralogia constitui a recolha de sua produção poética durante os últimos 18 anos. Tem como pano de fundo o universo mágico da alquimia poética, por meio do qual o autor busca promover a transmutação do leitor através do elixir da palavra.

Cada um dos volumes do Tratado (I - Ácidos, II - Bases, III - Sais e IV – Óxidos) pretende estabelecer re(l)ações alquímico-poéticas, respectivamente, com o universo esotérico dos quatro elementos (fogo, água, terra e ar), segundo as tradições orientais, fazendo-os reagir com os quatro humores ou temperamentos humanos (colérico, fleumático, melancólico e sanguíneo), catalogados segundo a medicina de Galeno e Hipócrates, em permanente interação com as quatro dimensões filosóficas do homem (espírito, alma, corpo e mente).

Nessa perspectiva, o mote da obra é a tentativa de ressignificar os nossos males, transformando a substância de nossas dores pelo poder alquímico do verbo, que se transmuta primeiramente na palavra escrita do verso para, em uma segunda etapa de transmutação, atingir outras tessituras com o reverso da palavra declamada.

Os livros são editados em copyleft, sem fins comerciais, e por isso podem ser livremente reproduzidos e transformados em outras obras pelos usuários. O autor é ativista do movimento das creative commons e milita no campo dos direitos humanos com a questão fundiária indígena.

O box do Tratado, contendo os quatro livros impressos é oferecido, durante as sessões de autógrafo, pelo valor simbólico de R$ 70,00 (setenta reais), correspondente ao custo de diagramação e frete da obra. Parte da tiragem do Tratado é destinada a projetos culturais, comunitários e bibliotecas públicas, pois o autor acredita na função social da arte. A edição foi consumada, de forma totalmente independente, no âmbito do Selo Faça Ocê Mesmo, organizado pelo escritor Matheus Peleteiro, e as capas do box e dos quatro livros são assinadas pelo renomado ilustrador Nelson Provazi.

Os lançamentos estão previstos para ocorrer nas três cidades litorâneas que sediaram, um dia, as antigas capitanias hereditárias (1534), as quais conformavam o que hoje se conhece como Bahia:

- Salvador, a 21 de dezembro de 2021, no café Palles, a partir das 17h;

- Porto Seguro, a 26 de março de 2022, no espaço cultural O Livreiro, a partir das 17h; e

- Ilhéus, a 8 de abril de 2022, na sede da Academia de Letras de Ilhéus, a partir das 18h.

Outras publicações do autor:

Porta Entreaberta (poesia, editado pela Funceb/Egba – Selo Editorial Letras da Bahia, 2004), 
Princípios do direito autoral (direito, editora Lumen Juris, 2015)

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