quarta-feira, 26 de junho de 2013

PARABÉNS, ILHÉUS! 479 ANOS DE HISTÓRIA.

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A Academia de Letras de Ilhéus, lídima representante da intelectualidade regional, saúda o generoso povo de Ilhéus, por ocasião do transcurso de mais uma data natalícia, augurando um futuro dadivoso, no exemplo dos que aqui plantaram a semente do desenvolvimento.

Parabéns, Ilhéus. Deus continue derramando bênçãos sobre o seu povo.


Prof. Josevandro Nascimento - Presidente da Academia de Letras de Ilhéus

NOTA: O município de Ilhéus completa 479 anos de história e 132 anos de emancipação política no próximo dia 28 de junho.

terça-feira, 25 de junho de 2013

"Só uma coisa me fez perceber que é mais importante do que qualquer coisa: a amizade."


"Eu já sentei no chão do banheiro, enquanto via minhas lágrimas se misturarem com a água que escorria pelo chuveiro. Já corri tanto até não agüentar mais. Subi no telhado da vizinha querendo ver a filha dela tomar banho. Já ouvi tantos “nãos” da minha mãe que me tranquei no quarto sem querer falar mais com ninguém. Briguei com o meu pai porque ele não queria que eu fosse a uma festa. Mandei meu avô ir cantar coco só porque ele não me deu dinheiro para comprar um sorvete. Colecionei gibis de super-heróis, selos, botões, tampinhas de refrigerante, sobretudo àquelas que traziam os personagens da Disney e quase que ela ficou completa se tivesse encontrado o Pato Donald.

Já fui ajudante de pedreiro, balconista, menino de recados e namorador. Amei muito, chorei muito quando meu pai se foi. Mais ainda quando a minha mãe partiu. Já fiz curso de tanta coisa, mas sempre fiquei no tripé: arte - meio ambiente - educação. De tudo que eu tive e que ainda terei só uma coisa me fez perceber que é mais importante do que qualquer coisa: a amizade.

Assim, neste momento em que me torno "imortal", ao assumir a cadeira número 13, que pertenceu a Jorge Amado e depois a Zélia Gattai, só tenho que agradecer a Deus por tudo e a vocês, meus amigos, que sempre acreditaram no meu trabalho.De todo o coração, meu muito obrigado. Que Deus esteja sempre com vocês." (Pawlo Cidade, em discurso de posse na Academia de Letras de Ilhéus, no dia 26 de Agosto de 2010.)

Pawlo Cidade é pedagogo, especialista em Educação Ambiental, professor, autor e diretor de Teatro, escritor, produtor cultural, diretor-presidente do Colegiado Setorial de Teatro da Bahia, presidente do Fórum de Agentes e Empreendedores Culturais do Litoral Sul.


MEMÓRIA DA ACADEMIA


Telmo Padilha, a esquerda, cobrindo Zélia Gattai, seguida por Jorge Amado, Soane Nazaré e sua esposa Heloísa.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

QUEM É O PREFEITO NA FOTO?

Um livro de presente para quem adivinhar quem é o Prefeito que olhou para a câmara na palestra de Abel Pereira em sessão solene da Academia de Letras de Ilhéus.



Promoção válida até 30 de junho de 2013, às 23:59 horas.
Clique na foto para ampliá-la. Responda no comentário identificando-se.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

"ESCREVER É COMO SOMAR E DIVIDIR"

Neuzamaria com os saudosos Zélia Gattai e Jorge Amado

“Nasci no século passado com fome de palavras e até hoje vivo desse alimento que ainda me sobra para adornar o espírito de quem tem o peito aberto. O teto que me foi dado para viver é dividido com 7 bilhões de pessoas de todas as cores, de todas as falas, de todas as caras, de todos os credos... com todos os que vivem na carne e os que vivem em forma de fluido cósmico universal. Sou feita à imagem e semelhança da humanidade porque dentro de mim cabe a mais doce ou a mais vil das criaturas. Troquei, doei e recebi saberes com estudantes de vida assim com eu. De certa forma ainda vivo assim porque trocar e doar são atributos da generosidade, menos que da justiça. Dentro desse esquema (trocas, doações, recebimentos) escrevo porque na medida em que faço isso me somo e me divido neste mundo que é nosso.” (Neuzamaria Kerner, cadeira 36)

Leiam alguns dos poemas inéditos de Neuzamaria Kerner que estarão em seu próximo livro: "O Livre Arbítrio das Evas - Dentro e fora do jardim".

Neuzamaria com amigos,entre eles, os confrades Abel Pereira e Dorival de Freitas

A ILHA ESCOLHIDA

Quando me bate à porta
um sentimento de orfandade
penso no meu mundo conhecido
e no meu mundo imaginado.
Em meu socorro
do Morro do Pernambuco vem a lua
derramar seu pólen luzente e santificado
sobre mim.

Um silêncio religioso
me envolve com seus véus:
ajoelho-me, cerro os olhos
e os versos viram preces na boca-poeta.

Então
num dilúvio de pólen-prata vindo dos céus
a miraculosa correnteza
conduz minha arca de volta a Ilhéus.

Neuzamaria com Jorge Amado

MATANDO SAUDADES
( para Hélio Pólvora)

Um dia
Apeei do dragão que vive na bola de prata.
Com a coragem dos ousados e loucos
tomei uma espada e cortei as amarras
que me atavam à lua de São Jorge dos Ilhéus.

Não disse adeus:
saí enquanto o silêncio vigiava o sono do céu.

Quando a saudade grita o meu nome
no frio das madrugadas
visto as asas de Ícaro
e vôo a visitar o "búfalo bifronte" de Sosígenes Costa.

Volto saciada das sedes
porque o Santo Espírito me põe na boca-alma
o bento impulso dos recomeços.

terça-feira, 18 de junho de 2013

POESIA

Revelação

A palavra
dormida no tempo
acorda o que a luz anela;
O sono
sereno na noite
acalma o que o dia revela.

Neuzamaria Kerner
Ocupante da Cadeira 36


ACADÊMICOS REUNIDOS


Foto com a presença de Janete Badaró - a primeira no alto, seguida de Arléo Barbosa, Ariston Cardoso, Telmo Padilha, Edgar Souza e Clodomir Xavier. Apenas Janete e Arléo ainda vivem entre nós.

MEMÓRIA DA ACADEMIA


Abraço fraterno de Francolino Neto e Adonias Filho. Na ocasião, Adonias Filho agradeceu na Academia o presente de seu fardão, doado pelo município, que o levou a tomar posse na Academia Brasileira de Letras.

ACADÊMICOS NA HISTÓRIA

Foto histórica com Jorge Amado, Gabriel Garcia Marquez e Adonias Filho

segunda-feira, 17 de junho de 2013

LIVRO DE POESIA DE CYRO DE MATTOS PUBLICADO NA FRANÇA GANHA PRÊMIO INTERNACIONAL JEAN-PAUL MESTAS


Publicado no ano passado pelas Editions Du  Cygne, de Paris, na Coleção Poesia do Mundo, www.editionsducygne.com,o   livro "De tes instants dans le poème”, de Cyro de Mattos, tradução de Pedro Vianna, acaba de conquistar   o Prêmio Internacional de Poesia Jean-Paul Mestas, da União Brasileira de Escritores, Seção do Rio de Janeiro. O tradutor do livro  para o francês, Pedro Vianna,  também foi agraciado com o mesmo prêmio, por sua tradução do livro.  As láureas serão entregues aos agraciados em outubro, no Rio de Janeiro, no salão nobre da Academia Brasileira de Letras. A comissão julgadora do prêmio esteve integrada dos escritores Luís Gondim, Stella leonardos e Margarida Finkel. O livro De tes instants dans le poème (De Teus instantes  no poema) é uma seleção de poemas extraídos de Vinte Poemas do Rio, Cancioneiro do Cacau, Vinte e Um poemas de Amor, livros publicados, e dos inéditos Agudo Mundo, Rumores de Relva e de Mar e Devoto do Campo.

A obra laureada tem apresentação de Margarida Fahel,  professora da Universidade Estadual de Santa Cruz, especializada em Literatura Brasileira. Bebendo na tradição da poesia universal, existencial e humanista, sem esquecer os muros da aldeia, o poeta Mattos apresenta, nesta obra, um conjunto de sentimentos e ideias através de versos límpidos, em nível da fala, que inauguram novos sentidos da vida: purezas da infância, solidões da colheita do nada, verdes visões na rota da solidariedade,  mundo selvagem do homem contra o homem, o erótico e o afetivo no encontro perfeito do amor, vozes do campo, ora gemidas, ora fraternas, rumores de relva e de mar, idênticos  na ternura e dores, que ressoam a fabulosa diversidade da vida nas  paisagens urdidas pelo tempo.  (Continue lendo

ESCRITOR DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA IRÁ LANÇAR "AS MARCAS DA CIDADE" NA ACADEMIA DE LETRAS DE ILHÉUS


"As Marcas da Cidade", livro do escritor e acadêmico, Aleilton Fonseca (FOTO), será lançado na Academia de Letras de Ilhéus no dia 19 de julho, sexta-feira. Será um lançamento bastante concorrido. 
Vale a pena conferir.


sexta-feira, 14 de junho de 2013

PALESTRA DE ABERTURA DA EXPOSIÇÃO 100X100 CARYBÉ ILUSTRA JORGE AMADO


O imaginário popular sobre a Bahia foi concebido a partir de artistas singulares que, por meio de sua genialidade, criaram obras de extrema originalidade e beleza, revelando características da nossa cultura capazes de nos içar ao mundo: Jorge Amado e Carybé. Com sua narrativa particular, Jorge Amado revelou curiosidades sobre uma Bahia nunca antes imaginada, com sua mescla de religiosidade e sensualidade, com cheiros, cores, sons e sabores eternizados em romances traduzidos e publicados em cerca de 60 países. E se Jorge descreveu a Bahia, Carybé materializou-a em imagens. Sua vasta obra, composta principalmente por pinturas, gravuras, ilustrações, murais e esculturas, desvendam o povo baiano de maneira única. Seu olhar apurado captura as cores vivas dessa terra, acompanhadas de um traço delicado que representa o cotidiano dessa profunda miscigenação aqui encontrada.


Complementando essa primorosa herança geracional, Jorge e Carybé são personagens da vida real que se cruzaram e tornaram-se irmãos, influenciando um ao outro, bebendo muitas vezes da mesma fonte e produzindo um magnífico legado. A exposição 100x100 Carybé ilustra Jorge Amado é uma homenagem a esses parceiros de vida e trabalho, composta por ilustrações de Carybé sobre a obra de Jorge Amado, além de textos, fotografias e cartazes.

E para comemorar a abertura da Exposição 100x100 Carybé Ilustra Jorge Amado, Solange Bernabó,filha de Carybé e curadora da exposição, irá compartilhar com o público o privilégio que teve de testemunhar a grande amizade que uniu estes dois irmãos ao longo da vida, com a Palestra “Carybé e Jorge, uma amizade centenária,” relatando casos acontecidos e outros tantos inventados, cheios de humor e emoção.

QUÊ? Palestra de Abertura da Exposição 100x100 Carybé ilustra Jorge Amado
ONDE? Academia de Letras de Ilhéus
QUANDO? Dia 27 de junho (quinta-feira) de 2013
QUE HORAS? 17:00 Horas

quinta-feira, 13 de junho de 2013

SAUDADES DO POETA EDGAR SOUZA

A CONFREIRA ELIENE SABÓIA NOS ENVIOU A FOTO DO PATRONO DA CADEIRA 2: AFRÂNIO PEIXOTO


Júlio Afrânio Peixoto , nasceu em 17 de dezembro de 1876, em Lençóis, na Bahia e faleceu a 12 de janeiro de 1947, no Rio de Janeiro. Patrono da Cadeira 2, da Academia de Letras de Ilhéus, cujo fundador foi o Dr. Francolino Neto. Hoje, a cadeira 2 é ocupada pelo professor Cláudio Silveira.

Em 1902, mudou-se para a capital do país, na época, Rio de Janeiro, onde foi inspetor de Saúde Pública e diretor do Hospital Nacional de Alienados, em 1904. Ministrou aulas de Medicina legal na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1907), ocupou a cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras, para a qual foi eleito em 7 de maio de 1910, e a cadeira 2 da Academia Brasileira de Filologia, da qual foi fundador.

Assumiu os cargos de professor extraordinário da Faculdade de Medicina (1911); diretor da Escola Normal do Rio de Janeiro, em 1915 e diretor da Instrução Pública do Distrito Federal no ano seguinte.

Criticou desde o início a designação de "doenças tropicais", pela conotação implícita de que elas estariam vinculadas a alguma maldição ou fatalidade geográfica. Proclamou que "doenças tropicais não existem". Afirmava que essas doenças surgiam das precárias condições de vida e econômicas das populações tropicais e não que o clima tropical fosse o responsável pelas "doenças tropicais"


Cyro de Mattos Participou das Homenagens à Escritora Nelly Novaes Coelho em São Paulo


No dia 29 de maio d 2013,  a Editora Letras Selvagem e a Casa das Rosas (Centro de Literatura e Cultura Haroldo de Campos) prestaram homenagem em São Paulo à consagrada escritora Nelly Novaes Coelho (FOTO), pela passagem de seus 91 anos de idade, docência universitária e exercício da crítica literária durante 50 anos. Os escritores Ignácio Loyola Brandão e Cyro de Mattos, os críticos Benjamin Abdala Jr e Fábio Lucas, doutores em Letras, da USP,  integraram a mesa oficial do evento e proferiram  homenagem à Nelly Novaes Coelho, Professora Emérita da USP.

Na oportunidade, depois das homenagens prestadas,    Nelly Novaes Coelho lançou o livro  “81 Escritores da Literatura Brasileira no Século XX”, publicado pela Editora Letra Selvagem, de São Paulo, volume de quase mil páginas, no qual  é analisada pela ensaísta  a obra de  grandes autores da ficção brasileira. 

Eis na íntegra a fala de Cyro de Mattos homenageando Nelly Novaes Coelho:
“Senhores e senhoras:

A linguagem literária é caminho importante para a compreensão do outro mais  o mundo.  As obras literárias falam à imaginação e ao sentimento. As científicas, de preferência à razão. A soma da sabedoria humana não está apreendida por nenhuma linguagem. Nenhuma linguagem em particular é capaz de exprimir todas as formas e graus de compreensão humana. De todas as linguagens a que mais se aproxima dessa condição é a literária

A literatura é a expressão mais completa do homem, como ente que pensa e sente. Todas as outras expressões referem-se ao homem enquanto especialista de uma atividade. Só a literatura concebe e apreende o homem enquanto homem. Sem distinção nem qualificação alguma. É a via mais direta para que os povos se entendam e se encontrem como irmãos. Assim, ela devolve ao ser humano, o que de fato lhe  pertence como aptidão e aderência:  a inteligência e a emoção. (Continue lendo)
       

quarta-feira, 12 de junho de 2013

ABEL PEREIRA, O PRIMEIRO PRESIDENTE DA ACADEMIA DE LETRAS DE ILHÉUS


Abel Silva Pereira é ilheense, nasceu no dia 10 de dezembro de 1908 e faleceu em 21 de maio de 2006. Filho de Felisberto da Silva Pereira e de Emilia Mundi Negrão Pereira. Sua vida literária pode ser acompanhada através das inúmeras instituições especializadas a que pertence, bem como por meio dos vários periódicos com os quais colaborou. Fundador da Academia de Letras de Ilhéus, Bahia, na qual afirmou no ato de sua fundação em 14 de março de 1959 que: 

"Uma academia de letras requer muito esforço, muito denodo, muita renúncia. Ela, ao nascer, tem que fazer face a muita crítica, sendo, portanto, necessário o esforço dos fundadores para que a obra não fracasse. Esta, não fracassará, porque nasceu sob a égide de Castro Alves, que foi um excelso poeta e magnífico batalhador."¹

Abel Pereira foi também o primeiro Presidente da Academia de Letras de Ilhéus.

Abel, entre amigos, o terceiro da esquerda para direita. No centro, Carlos Drummond de Andrade

Ainda na Bahia, pertenceu ao Instituto Geográfico e Histórico, a Associação Brasileira de Imprensa, a Sociedade dos Homens de Letras do Brasil, A Ordem dos Velhos Jornalistas do Brasil, a União Brasileira dos Escritores, a Academia Maçónica de Letras, a Academia Guanabarina de Letras, e a Academia Brasileira de Literatura (Rio), dentre outras. Colaborou com diversos periódicos como o Diário da Tarde, de Ilhéus, O Intransigente, de Itabuna, A Voz de Itabuna, A Tarde, de Salvador e com a revista Leitura, do Rio de Janeiro. Deixou quatro livros publicados: Colheita (1957), Poesia até Ontem (1977), Mármore Partido (1989) e Haikais Vagaluminosos (1989), todos de Haicai.

Antes de Abel Pereira, apenas três outros poetas haviam publicado livros exclusivamente de Haicais no Brasil, não dois, como afirma Olga Savary no posfácio de Mármore Partido. Waldomiro Siqueira Jr. foi o primeiro, em 1933 publicou o livro “Hai Kais”; Oldegar Vieira, o segundo com Folhas de Chá (livro que urge ser reeditado), em 1940; seguem-se Osório Dutra, com Emoção, em 1945 e Abel Pereira, com Colheita, em 1957.

Abel, o primeiro da direita para esquerda

Abel, o terceiro da direita para a esquerda

Sobre “Colheita”, manifestou-se o poeta de Passárgada, Manoel Bandeira, dizendo: “Abel Pereira é um craque do haicai. Desde o primeiro, são cento e noventa e três estremecimentos, murmúrios ou rastros de perfume.”
Alguns Haicais de Abel Pareira:

Passa a mocidade...
e incerto, à frente, o deserto
cheio de saudade...

***

Coisa delicada
e fina. Estrofe menina.
Síntese. Um nada.

***

De origem divina,
as luzes dos vaga-lumes
são luzes de Vida.

1. Trecho da Ata de Fundação da Academia de Letras de Ilhéus, em 14 de março de 1959.
2. Fotos do Acervo da Academia de Letras de Ilhéus.

Texto com informações dos sites:


segunda-feira, 10 de junho de 2013

O VELHO ADOLPHO


Hans Tosta Schaeppi (FOTO), membro da Cadeira 3, autor do livro “O Velho Adolpho” (Editora Via Literarum, 2012) é hoteleiro e industrial, criador da marca “Chocolate Caseiro.” Schaeppi é proprietário do Ilhéus Praia Hotel e da fábrica Chocolate Caseiro Ilhéus. Aos 81 anos e pai de cinco filhos: Lúcia, Kátia, Solange e João Paulo. Filho de um suíço com uma baiana, nasceu na capital baiana. Formou-se em Engenharia Civil, trabalhou, durante 10 anos, na Odebrecht. Saiu e, em seguida, montou a Construtora Brasil, a qual foi responsável por diversas construções, como o edifício Santa Clara, onde funciona, no térreo, o cinema de Ilhéus. Ficou a frente da construtora por 15 anos. Adquiriu o Bahia Praia Hotel, o qual administrou por 8 anos.



Sua predestinação estava para se estabelecer na princesinha do sul, Ilhéus. Em 1980, construiu o Ilhéus Praia Hotel. Depois adquiriu o Pontal Praia Hotel. Em 1985, inaugurou a fábrica Chocolate Caseiro Ilhéus, que hoje conta com três lojas em Ilhéus, uma em Itabuna, uma em Salvador e outra em Pernambuco. Schaeppi já escreveu artigos, editoriais e colunas sobre turismo no jornal A Tarde, de Salvador. Atualmente, assina uma coluna semanal no jornal Agora, de Itabuna, sempre abordando assuntos turísticos.

domingo, 9 de junho de 2013

SOANE NAZARÉ DE ANDRADE

Nasceu em Uruçuca, na época Água Preta, município de Ilhéus, na Fazenda Felicidade, que pertencia a sua família, em 5 de agosto de 1933, eram seus pais Adjovânio Andrade e Selika Nazaré Andrade, que tinham mais seis filhos: Deir, Gilta, Denílson, Vera, Suzana e Antônio (Já falecido).

Aos seis anos de idade mudou-se para Ilhéus, estudou na Escola Afonso de Carvalho e no Instituto Municipal de Ensino Eusínio Lavigne - IME. Em Salvador, estudou no Colégio da Bahia e na Faculdade de Direito da Bahia onde se formou em 1953. Casou-se com Heloisa Cavalcante Andrade, tiveram quatro filhos: Ana Virgínia, Luis Frederico, Soane Jr. e Maria Valéria.

Foi professor no IME; diretor da Penitenciária do Estado da Bahia; fundador, diretor e professor (Direito Constitucional e Direito Político) da Faculdade de Direito de Ilhéus; Chefe de gabinete do Ministro das Comunicações Carlos Simas, de 1968 a 1969; Delegado do Brasil na Conferência das Comunicações Via Satélite em Genebra, Suíça, em 1969; idealizador e primeiro Reitor da Universidade do Mar e da Mata, Maramata, em Ilhéus.

Em 25 de junho de 1981 tornou-se membro da Academia de Letras de Ilhéus, na cadeira 32, em que foi Patrono Pethion Villar e fundador Flávio de Paula. Foi candidato a Prefeito de Ilhéus pelo PFL em 2004. Mas não obteve êxito nas urnas.

Aos 80 anos de idade sofreu um enfarto em Salvador, onde mora. Como nasceu numa fazenda de cacau, é lavrador por nascimento e espera morrer à sombra dos cacauais. Seu nome é dado ao Campus da Universidade Estadual de Santa Cruz, antiga FESPI – Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna, onde lecionou e foi reitor.

Texto de Alfredo Amorim, membro do Instituto Histórico e Geográfico de Ilhéus. Extraído do site: www.vejoarte.com, disponível em: 



sexta-feira, 7 de junho de 2013

ARTIGOS DA HISTÓRIA

COMO EXPLICAR O ATRASO DE ILHÉUS?
Por Nelson Schaun*

"Para que a sociedade se renove, é necessário que se renove a superestrutura política."

Se algum fato relacionado com Ilhéus pudesse causar admiração, nada talvez lhe seria mais significativo do que o milagre da própria sobrevivência. Isso, é claro, se fosse possível acreditar em milagres.

A sobrevivência de Ilhéus com efeito, pode ser ironicamente atribuída a verdadeiro paradoxo sócio-econômico, se não quisermos admitir o absurdo da espontaneidade social, isto é, do príncípio e do produto em si da sociedade. Porque tantos têm sido os fatores negativos em nosso processo histórico, tamanha tem sido a prevalência de elementos nocivos na luta de contradições dentro da nossa realidade, que, francamente, Ilhéus teria já desaparecido se não lhe sobrassem reservas materiais e espirituais inalienáveis. Aliás, é preciso convir que Ilhéus sobrevive e se debate nesta situação marasmática, exatamente porque, submetido à leis de desenvolvimento desigual da sociedade, os nossos elementos humanos, sobretudo os que entram na composição das classes dirigentes, nunca se dispuseram nem se dispõem a sustentar luta consequente pela transformação desta realidade.

Ora, pelas possibilidades econômicas e outras condições históricas que já detivemos, - se convenietemente aproveitadas, - poderíamos ter chegado a situação muito mais importante, social e politicamente. De modo geral, no entanto, nem somente não nos desenvolvemos, mas, na verdade, fomos perdendo as possibilidades, caindo a cada passo no conformismo, no fatalismo, nas frustrações que coroam o atraso puro e simples.
E por que isso? Terá sido por obra e graça do destino, pela força abstrata da fatalidade, esse poder que tudo explica e tudo justifica, quando os homens não sabem ou não querem encontrar explicações e justificativas concretas e objetivas para os fatos?

Nada disso. A verdade é que os homens de Ilhéus sempre quiseram viver assim mesmo, sem maiores interesses ou preocupações de progresso. Nunca se esforçaram, de modo efetivo e racional, para modificar os quadros de nossa realidade.

Para que a sociedade se renove, é necessário que se renove a superestrutura política. Mas, para que a superestrutura política seja capaz de influir no processo histórico tendente ao surgimento de nova sociedade, isto é, substituição do velho pelo novo, é preciso que se transforme a base econômica.

Desenvolver a economia, portanto, modificar as formas econômicas, tais devem ser os objetivos da ação que cumpre a todos os elementos realmente empenhados no progresso social, no aprimoramento das funções e da justeza do regime social.
Que fizeram, porém, ou que fazem ainda os homens de Ilhéus, dentro dessa realidade?
É o que tentaremos discernir através das próximas considerações.

NOTA DO BLOG: Artigo publicado originalmente no dia 13 de Agosto de 1968, página 2, do Diário da Tarde, Ilhéus, Bahia. Faz parte do livro "Nelson Schaun merece um livro... - 100  anos de um personagem da histórica política e cultural de Ilhéus," organizado pela Confreira Maria Schaun.

* Nelson Schaun (1901-1968), ilheense, professor, político, jornalista, fundador da Cadeira 12 e da Academia de Letras de Ilhéus.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

JABES RIBEIRO, O OCUPANTE DA CADEIRA 8 É PREFEITO DE ILHÉUS


Tendo como Patrono Artur de Sales e fundador o poeta Sosígenes Costa, o político, professor e advogado Jabes Ribeiro é ocupante da Cadeira 8. 

Nascido em 14 de março de 1952, o bacharel em Direito e professor Jabes Ribeiro é dono de uma das mais bem-sucedidas trajetórias políticas da Bahia. Seu nome está ao lado de personagens como o lendário João Mangabeira, primeiro líder político que enfrentou o poder dos coronéis do cacau na Ilhéus do início do século passado, e inspirou Jorge Amado a criar o personagem Mundinho Falcão, no romance Gabriela, Cravo e Canela.

O legado de João Mangabeira inspirou Jabes Ribeiro a interromper, no início da década de 1980, o ciclo de poder alternado entre os representantes da elite local.
O jovem professor foi eleito prefeito de Ilhéus pela primeira vez, em 1982, aos 30 anos de idade, pelo MDB, projetando-se como líder das camadas sociais excluídas ao poder político, governando até 1988.

A política o fascinava desde a militância estudantil, quando foi eleito presidente do Centro Acadêmico João Mangabeira da Faculdade de Direito de Ilhéus, em 1972. Após concluir a graduação em Direito, na antiga Federação das Escolas Superiores de Ilhéus (Fespi), que originou a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Jabes ministrou aulas no ensino médio e foi professor de Direito Constitucional. Entre 1980 e 1982, exerceu o cargo de secretário de Educação do Município de Ilhéus, inovando ao construir escolas em toda zona rural.

Jabes venceu sua primeira eleição, liderando a reivindicação da população no movimento em prol do fornecimento de água nos morros de Ilhéus, chamado de 'Panelaço'. Tornou-se um marco na história da cidade de tradição oligárquica, e inaugurou um novo modelo de administração municipal pautada no atendimento das demandas populares, modernizando a infraestrutura e fortalecendo o município politicamente além dos seus limites territoriais.

Visão de estadista – A década de 1980 foi marcada por uma intensa participação popular e pelo processo de emancipação política no sul da Bahia. A visão de estadista e habilidades estratégicas levaram Jabes ao centro das articulações favoráveis a esse processo. Municípios como Arataca, Santa Luzia, Jussari e Teixeira de Freitas tiveram nele um defensor das suas causas municipalistas. Em todas elas, foram eleitos prefeitos do PMDB, partido do qual era militante.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Livro de Nelly Novaes Coelho Sobre Escritores Brasileiros no Século XX Inclui Cyro de Mattos

Cyro de Mattos, membro da Cadeira 16 da ALI

O baiano Cyro de Mattos  foi incluído entre os escritores reunidos no livro de Nelly Novaes Coelho,  lançado dia 29 de maio, na Casa Das Rosas, em São Paulo. “ 81 Escritores Brasileiros do Século XX”, de Nelly Novaes Coelho (Professora Emérita,  Doutora Titular da USP – Universidade de São Paulo), é a suma de 50 anos de pesquisas, leituras e releituras de obras apresentadas em cursos universitários, no Brasil, Portugal e Estados Unidos da América.

Segundo a Autora, foi a “Sorte ou o Acaso” que puseram em seu caminho os 81 escritores reunidos e analisados neste livro. Ao lado dos mais conhecidos (Jorge Amado, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, João Ubaldo, Ignácio Loyola Brandão...) aparecem nomes que a insensibilidade crítica e o desinteresse do “mercado” colocaram numa espécie de “limbo” (Cornélio Pena, Adonias Filho, Murilo Rubião, Victor Giudice, Campos de Carvalho, Gustavo Corção, Alcides Pinto...) e outros que o desinformado (ou defraudado?) “público” precisa conhecer (Vicente Cecim, Olavo Pereira, Agrippino de Paula, Fausto Antonio, Guilherme Dicke, Mora Fuentes, Samuel Rawet, Cyro de Mattos, Alaor Barbosa...).

Cyro de Mattos nasceu e reside em Itabuna, sul da Bahia. Contista, cronista, poeta, novelista, ensaísta e autor de livros infanto-juvenis. Já publicou 38 livros, no Brasil e em Portugal (3), Itália (3), França (1) e Alemanha (1). Recebeu prêmios importantes, no Brasil e exterior, e, entre eles, o Afonso Arinos da Academia Brasileira de Letras, o da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) e o Internacional de Poesia Maestrale Marengo d’Oro, em Gênova, Itália, por duas vezes. Foi três vezes Finalista do Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro (SP).  Participou como convidado do III Encontro Internacional de Poetas da Universidade de Coimbra, em 1998. E também da Feira do Livro em Frankfurt, 2010.  Seus textos estão presentes em 48 antologias, no Brasil Portugal, Itália, Alemanha, Dinamarca, Rússia e Estados Unidos. 


sábado, 1 de junho de 2013

ACADEMIA DE LETRAS IRÁ APOIAR FESTIVAL DE CINEMA BAIANO



A ACADEMIA DE LETRAS DE ILHÉUS irá apoiar o III FECIBA - Festival de Cinema Baiano, que será realizado de 07 a 13 de junho no Cine Santa Clara. Serão 25 sessões, entre longas, curtas e convidados para bate-papo. Oficinas com profissionais qualificados no mercado de trabalho, premiação para mostra competitiva de curtas e uma previsão de 5.000 mil pessoas circulando na cidade de ilhéus durante os 07 dias de evento.

A Academia irá sediar a Oficina de Crítica, coordenada por João Carlos Sampaio. A oficina pretende proporcionar o Estudo da leitura/interpretação de um filme. Verificando os fundamentos do cinema e do exercício da crítica cinematográfica, ilustrados por filmes e recortes de filmes. Analisando e comparando de obras fílmicas. Com apropriação prática de conceitos e conteúdo elementar para a leitura fílmica e iniciação ao exercício da crítica cinematográfica.

João Carlos Sampaio (foto) é jornalista e Crítico de cinema. Membro fundador e integrante da diretoria da Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Pesquisador que trabalha com análise fílmica há 20 anos, escrevendo para jornais, revistas e sites. Colabora com a difusão do cinema brasileiro, participando de atividades cineclubistas. Atua ainda como consultor de programação, realizando seleção de filmes e integrando júris de alguns dos principais festivais brasileiros, incluindo os Festivais de Brasília-DF, Gramado-RS e Mostra Internacional de São Paulo, além de já ter composto o colegiado para indicação do filme brasileiro ao Oscar. Exerce ainda as funções de curador de festivais, palestrante em seminários e ministra cursos e oficinas dedicadas ao ofício da interpretação fílmica.

Quando? 8 a 10 de junho de 2013
Local: Academia de Letras de Ilhéus
Horário: 08 às 12 horas.
Mais informações e inscrições: www.feciba.com.br