O escritor ao lado da esposa Rosana Ribeiro Patricio
O escritor Aleilton Fonseca, membro titular da Academia de Letras da Bahia e da Academia de Letras de Itabuna tomou posse no último dia 9 de dezembro de 2016, como mais novo membro da Academia de Letras de Ilhéus, ocupando a cadeira 24, que pertenceu ao saudoso escritor Hélio Pólvora. Aleilton Santana da Fonseca nasceu em Itamirim, hoje Firmino Alves, Bahia, em 21.7.1959. Seu pai, Epaminondas, um pequeno agricultor; sua mãe, Lourdes, uma professora primária. É casado há 32 anos com Rosana Ribeiro Patricio, e tem dois filhos: Diogo Ribeiro da Fonseca (31) e Raul Ribeiro da Fonseca (27). O acadêmico se declara ilheense por adoção pois residiu em Ilhéus desde os 4 anos de idade, onde a viveu a infância e adolescência. Em 1979 foi estudar em Salvador, onde fixou residência. A partir dos 17 anos, ainda em Ilhéus, passou a escrever e a publicar em jornais e revistas. Sua produção literária abrange romance, conto, poesia, crítica e ensaio. É graduado em Letras pela Universidade Federal da Bahia (1982), com mestrado pela Universidade Federal da Paraíba (1992) e doutorado pela Universidade São Paulo (1997).
Amigos Sandra Argôlo, o jornalista Antônio Lopes que saudou o novo membro, a artista plástica Jane Hilda e seu esposo Josenaldo
Foi professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em Vitória da Conquista, de 1984 a 1998. A partir de 1999, passou a lecionar na Universidade Estadual de Feira de Santana, na qual é professor Pleno (Titular) de Literatura Brasileira na graduação em Letras e no Curso de pós-graduação Mestrado em Estudos Literários, desenvolvendo pesquisas sobre as relações entre literatura, imagens urbanas e ecologia. Foi professor convidado, na Université d’Artois, na França, em 2003.
Participa de eventos literários e científicos no Brasil e no exterior, como conferencista, pesquisador e escritor. Proferiu palestras em diversas universidades brasileiras e em instituições estrangeiras, como Sorbonne, Nanterre, Rennes, Tour, Toulouse e Nantes (França), na Universidade de Budapeste (Hungria) e Università del Salento (Lecce/Itália). Foi coeditor de Iararana - Revista de arte, crítica e literatura, editada em Salvador, de 1998 a 2007. Faz parte da Comissão Editorial da Revista da Academia de Letras da Bahia e de outras revistas literárias e acadêmicas. Foi correspondente da revista francesa Latitudes: cahiers lusophones. Recebeu um dos Prêmios Culturais Fundação Cultural da Bahia – 3º lugar (1996), o Prêmio Luis Cotrim (ALJ, 1997), o Prêmio Herberto Sales (ALB, 2001) e o Prêmio Marcos Almir Madeira (UBE-RJ, 2005). Em 2013 recebeu o título de Professor de Honra de Humanidades, pela Universidad del Norte, em Assunção, Paraguai. Em 2014, recebeu o Troféu Carlos Drummond de Andrade (Itabira-MG), a Medalha Luis Vaz de Camões (Núcleo Académico de Letras e Artes de Lisboa) e a Comenda do Mérito Cultural, da Secretaria da Cultura, do Governo do Estado da Bahia. Também recebeu a Medalha Pedro Calmon (ABI-Bahia, 2002), a Medalha Euclides da Cunha (Academia Brasileira de Letras, 2009) e a Medalha Arlindo Fragoso (Academia de Letras da Bahia, 2010). Publicou poemas, contos e artigos em diversas revistas, como as francesas Latitudes: cahiers lusophones (Paris), Autre Sud (Marselhe), Crisol (Nanterre) e Plural/Pluriel (Nanterre) e L'Ampoule (Bordeaux).
A mesa contou com a participação de várias autoridades presentes, entre elas a reitora Adélio Melo da Universidade Estadual de Santa Cruz, a primeira à direita e da esposa do saudoso Hélio Pólvora, dona Maria Pólvora.
Aleilton Fonseca tem diversos livros e artigos publicados no Brasil, e em outros países como Portugal, França, Bélgica, Quebec/Canadá, Estados Unidos e Itália. Em 2009, ao completar 50 anos, foi homenageado pelo Lycée des Arènes (Toulouse, França), pelo Instituto de Letras da UFBA (Projeto o escritor e seus múltiplos) e pela ALB (mesa redonda). Coordena o Curso Castro Alves/Colóquio de Literatura Baiana, da ALB (2005-2015). Tem cerca de 30 livros e diversos artigos publicados no Brasil, e alguns em outros países como França, Bélgica, Canadá, Estados Unidos, Itália, Portugal e Paraguai. Seu romance Nhô Guimarães foi adaptado para o teatro pela Companhia Baiana de Teatro, Grupo Criaturas Cênicas, em 2009. Em 2013 recebeu o título de Professor de Honra de Humanidades, pela Universidad del Norte, em Assunção, Paraguai. Em 2014, Recebeu o Troféu Carlos Drummond de Andrade (Itabira-MG), a Medalha Luis Vaz de Camões (Núcleo Académico de Letras e Artes de Lisboa) e a Comenda do Mérito Cultural, concedida pela Secretaria da Cultura, do Governo do Estado da Bahia.
O autor também recebeu as medalhas Pedro Calmon (Associação Baiana de Imprensa, 2002), Euclides da Cunha (Academia Brasileira de Letras, 2009) e Arlindo Fragoso (Academia de Letras da Bahia, 2010). É membro. também, da Academia de Letras da Bahia, da Academia de Letras de Itabuna, da União Brasileira de Escritores-SP e do PEN Clube do Brasil. Integra a Association Internationale de la Critique Littéraire, sediada na França, da qual foi vice-presidente para América do sul, em 2013-2014. Seus livros mais recentes são: O desterro dos mortos, As marcas da cidade, Memorial dos corpos sutis, O pêndulo de Euclides (sobre a guerra de Canudos) e O Arlequim da Pauliceia (sobre a poesia de Mário de Andrade). Recentemente organizou duas antologias da poesia de Sosígenes Costa e co-organizou cinco livros de ensaios sobre a obra de Jorge Amado e outros autores.
O novo acadêmico passa a ocupar a cadeira nº 24 que tem como patrono o médico e educador João Florêncio Gomes (1846-1925), como fundador o jornalista Otavio Moura (1928-1978) ), e ocupante anterior o jornalista e escritor Hélio Pólvora (1928-2015). Em sua posse, realizada em 9 de dezembro de 2016, foi saudado pelo escritor e jornalista Antônio Lopes.