Professor Dorival de Freitas, ex-membro da cadeira 11
"Lembro-me de Dorival de Freitas
desde a década de sessenta. Gostava muito de ouvi-lo falar, da emoção que
colocava na voz, quando discursava. Mas me aproximei dele, quando se tornou meu
professor de Cosmologia, na antiga Fespi. Hoje somos amigos e participamos da
mesma confraria, a Academia de Letras de Ilhéus.
Dorival de Freitas nasceu na cidade
de Santa Inês, estado da Bahia, a 8 de dezembro de 1932, filho de Cantídio de
Freitas e Julieta Leal de Freitas. Com o falecimento de seu pai em
fevereiro de 1933, sua mãe e filhos vieram residir em Ilhéus no então,
arrabalde do Pontal. Portanto, podemos afirmar que Dorival é um ilheense
nascido em Santo Inês. O curso primário foi realizado no Grupo Escolar Barão de
Macaúbas, tradicional escola pública do município.
Em 1946, iniciou seus estudos no
Seminário Central da Bahia – Humanidades, no Seminário Menor, e filosofia e
teologia, no seminário Maior, ordenando-se sacerdote em 6 de dezembro de 1959,
na Igreja Matriz de São Jorge.
Nos 7 anos de ministério
sacerdotal, exerceu os cargos de Diretor Espiritual e Reitor do Seminário São
Jorge dos Ilhéus, Secretário da Cúria Diocesana e Capelão do Hospital São José.
É desse tempo que me lembro de sua bela oratória.
Mas, nem sempre, os caminhos dos
homens são os caminhos de Deus; o que não impede que os novos caminhos sejam
santos, também. E o caminho do amor humano tem lá suas razões, que a “própria
razão desconhece”. Dorival, mesmo sendo um sacerdote dedicado a Deus, sempre
foi um homem honesto e coerente com seu coração. Pediu licença do ministério
Sacerdotal em 1966 para casar-se, em 1968, com Marita Maria Ocke de Freitas, e
assim, dar início a uma nova caminhada. Do casamento nasceram três filhos: João
Paulo, Inês Maria e Dorival Filho. A família continua crescendo, agora enriquecida
com a chegada de três netos.
Nosso homenageado estudou
filosofia na Faculdade de Filosofia de Itabuna, concluindo o curso em 1969,
sendo o orador da turma, como não podia deixar de ser. Posteriormente fez o curso de
direito na Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna (FESPI),
concluindo-o em 1978, e foi o orador da turma. Fez concursos para o Magistério
Médio do Estado da Bahia, para Português em 1968, e Psicologia Geral em 1970,
passando em 1o lugar nos dois concursos. Exerceu ainda os cargos de
Diretor do Instituto Municipal de Educação, IME, Vice-diretor do Colégio
Estadual de Ilhéus, diretor do Centro Integrado de Educação Rômulo Galvão,
Gerente de Seleção e Orientação na UESC, chefe de Gabinete da Reitoria na UESC
e diretor de Revisão da Editus, Editora da UESC.
Foi professor na Universidade
Estadual de Santa Cruz – UESC – de História da Filosofia, Antiga e Medieval e
Metafísica e Professor de Direito Constitucional; foi titular de Cosmologia do
Curso de Filosofia e professor de História da Filosofia no Instituto de
Teologia de Ilhéus (ITI) É membro da Academia de Letras de
Ilhéus, ocupando a cadeira n° 11. E eu gosto muito de dizer-lhe
que, quando o ouço falar, o que fala parece música para o meu ouvido".
Texto escrito por Maria Luiza Heine, no blog Ilhéus com Amor, em 08/12/12
Veja o original clicando aqui
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