quinta-feira, 16 de maio de 2024

PORTARIA 001/2024




Portaria 001/2024 de 16 de maio de 2024.



Dispõe sobre a criação da 
Comissão Extraordinária dos 500 anos.




A Academia de Letras de Ilhéus, representada pelo Sr. João Paulo Couto Santos, eleito para o biênio 2023-2025, no uso de suas atribuições, e em atenção a proposta apresentada por esta confraria durante a abertura da 22ª. Semana de Museus, referendada pelos confrades e confreiras presentes: Maria Schaun, Maria de Lourdes Netto Simões, Ramayana Vaz Vargens, Anarleide Menezes e João Paulo Couto Santos,


RESOLVE:


Art. 1º — Fica criada a Comissão Extraordinária 500 anos para a modelagem de um projeto de participação desta confraria nas comemorações do 5º centenário do Município de Ilhéus.

Art. 2º — Esta Comissão será doravante denominada de Comissão Henrique Campos Simões, historiador e professor da Universidade Estadual de Santa Cruz, autor, dentre outras publicações de O achamento do Brasil: a carta de Pero Vaz de Caminha a El-Rei D. Manuel.

Art. 3º — A Coordenação desta Comissão ficará a cargo do confrade Ramayana Vaz Vargens e, nos impedimentos deste, sob a égide da confreira Maria de Lourdes Netto Simões.

Art. 4º — Poderão participar desta comissão confrades e confreiras que assim o desejarem, limitando-se a composição máxima de 10 (dez) integrantes.

Art. 5º — Esta Portaria entra em vigor a partir da data de sua publicação.


João Paulo Couto Santos
Presidente

terça-feira, 14 de maio de 2024

ACADEMIA DE LETRAS DE ILHÉUS SEDIA EXPOSIÇÃO DE GILDASIO RODRIGUEZ



Indígena Rosalvo Oliveira, Jaguará, 84 anos. Pintura de Gildasio Rodriguez


Três aldeias: Igalha, Itapoã e Tupã, dentre as 22 aldeias Tupinambá de Olivença, em Ilhéus, na Bahia, foram escolhidas para serem fotografados os mais velhos e colher a história de vida de cada um deles. Ao todo 13 histórias e 13 imagens que estarão expostas na Exposição Artística Tupinambá: janela da alma, projeto do artista plástico Gildasio Rodriguez. 

Um dos principais objetivos da exposição é eternizar os mais velhos, através da fotografia e da pintura. A proposta é pensar os indígenas sob o ponto de vista da memória e da ancestralidade, de uma janela que se abriu no passado e que continua aberta no presente e mantém-se escancarada pela dimensão contemporânea, permitindo um diálogo com muitas outras tradições culturais. A principal homenageada da exposição é Nivalda Amaral de Jesus, Amotara, da Aldeia Itapoã, em memória.

Os envolvidos 

A Exposição Artística Tupinambá: janela da alma, surgiu depois que o artista plástico Gildásio Rodriguez leu uma matéria sobre a morte de anciãos indígenas na pandemia, culminando no desaparecimento de línguas inteiras. “Os chefes morais, mestres espirituais e possuidores do conhecimento e memória estavam desaparecendo. Eu precisava fazer alguma coisa. Daí surgiu a exposição”, disse. A curadoria é do escritor e pesquisador Pawlo Cidade: “Cada uma das aldeias escolhidas não são resquícios históricos remotos, mas um espaço efetivo na organização social e modo de vida dos Tupinambá que hoje habitam a região”. A exposição tem fotografias de Tacila Mendes e produção executiva de Ely Izidro.

As imagens captadas pelas lentes da artista Tacila Mendes, tiveram uma leitura poética através do olhar do artista visual Gildasio Rodriguez, redimensionando essas imagens para telas bidimensionais, com elementos tridimensionais, dimensão 100 X 100 X 0,4 cm, técnica óleo sobre tela, estilo figurativo e cores predominantes neutras. O preto e o branco, gamas de tons cinzas e um detalhe carmesim, criando uma densidade figurativa com seus olhares, tornando a imagem absoluta e personificada na pureza da sua essência, ampliando os sentidos da memória e das tradições. Para Tacila Mendes, “os/as mais velhos/as são força. Não há árvore que dê novos frutos sem uma raiz forte. Por meio dos retratos e das pinturas apresentados em "Tupinambá: janelas da alma", buscamos contribuir para visibilizar uma luta que perpassa gerações: a luta por existir”.

Acessibilidade

A exposição terá ainda a exibição de um vídeo com depoimentos de todos os 13 indígenas retratados pelas telas de Gildasio Rodriguez. O vídeo terá janela de tradução em libras e legendas em português. Haverá ainda dois intérpretes de libras durante a vernissage, coordenados por Roberta Brandão.

Apoio financeiro

Este projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar no 195, de 8 de julho de 2022.

Serviço

O quê? Exposição Artística Tupinambá: janela da alma

Quando? 28 a 31 de maio de 2024

Horário? 9h às 17h

Onde? Academia de Letras de Ilhéus/ Rua Antônio Lavigne de Lemos, 39 – Centro

Quanto? Gratuita

Dia da Vernissage: 27/5, 17h.


Para saber mais sobre a exposição CLIQUE AQUI

 

quinta-feira, 2 de maio de 2024

NOTA DE REPÚDIO





A Academia de Letras de Ilhéus, instituição sexagenária das letras, da ciência e das artes, informa que será protagonista ou signatária de quaisquer movimentos apartidários e culturais que surjam em defesa do Patrimônio Cultural de toda a região Sul da Bahia, em especial, do Município de Ilhéus.

Não podemos mais permitir que descasos, omissões, incompetências e abandonos sejam desferidos contra a nossa história e nosso rico patrimônio natural e cultural.

Imprescindível ressaltar que a cultura é fundamental para o turismo, tanto em termos imateriais, como em relação à preservação do patrimônio cultural e artístico. Ainda, em termos ambientais e materiais, tem impacto na economia e na criação de empregos. O turismo cultural é gerador de valor de pertencimento e renda para o Município. 

A nossa memória é instituída por heranças simbólicas, materializadas em monumentos, documentos, ritos, celebrações, objetos, textos, escrituras e outros suportes mnemônicos. A memória é fundamental na construção da nossa identidade.



Pawlo Cidade
Presidente
Academia de Letras de Ilhéus