segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

CONFRADE CYRO DE MATTOS É MAIS UMA VEZ PREMIADO

Baiano Ganha Prêmio Literário
Nacional Pen Clube do Brasil 2015


Com o romance Os Ventos Gemedores,  o escritor baiano Cyro de Mattos (foto) venceu o Prêmio  Literário Nacional PEN Clube do Brasil 2015 para livros da categoria Narrativa publicados em 2013 e 2014. Criado em 1938, o Prêmio Literário Nacional Pen Clube do Brasil  é um dos mais antigos e prestigiosos  certames brasileiros,  consistindo em troféu denominado PEN, especialmente concebido e executado pelo escultor Cavani Rosas, além de Diploma e três mil e quinhentos reais. O Prêmio PEN será entregue ao escritor baiano no dia 14 deste mês, às 19 horas, na cobertura do Terraço Panorâmico do Instituto  Histórico Geográfico Brasileiro, na Glória, no Rio.O romance Os Ventos Gemedores foi publicado em 2014 pela editora Letra Selvagem,  de Tauibaté/São Paulo. O prêmio Pen de Poesia 2015 foi para Izacil Guimarães Pereira, por seu livro Altamira e Alexandria, e o de ensaio para a historiadora Ana Luiza Almeida Ferro, professora doutora da Universidade Federal do Maranhão,  por seu livro Os Papagaios Amarelos na Ilha do Maranhão e a Fundação de São Luís.

Eis alguns escritores que, ao longo das décadas passadas, conquistaram o Prêmio Pen Clube do Brasil, nas categorias de Ensaio, Poesia e Narrativa:
Gastão Cruls, Gilberto Amado, Brito Broca, Antonio Calado, Jorge Amado, Antonio Cãndido, Dalcídio Jurandir, Miécio Tati, Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, José Condé, Fernando Sabino, Marques Rebelo, Álvaro Lins, Cyro dos Anjos, José Paulo Moreira da Fonseca, Cassiano Ricardo, Augusto Meyer, José Cândido de Carvalho, Dalton Trevisan, Josué Montelo, Nelson Werneck Sodré, Rubem Fonseca, Homero Homem, Otávio de Faria, Oto Maria Carpeaux, Adonias Filho, João Cabral de Melo Neto, Herberto Sales, Eugênio Gomes, Nilo Aparecido Pinto, Raimundo Magalhães Junior, Emílio Moura, Macedo Miranda, Autran Dourado, Waldemar Lopes, Fausto Cunha, Alceu Amoroso Lima, Orígenes Lessa, Érico Veríssimo, Odylo Costa Filho, Pedro Nava,  Ledo Ivo, Afonso Arinos de Melo Franco, Permínio Ásfora, Alphonsus de Guimarães Filho, Stella Leonardos, Antonio Carlos Villaça, Murilo Rubião, Pedro Calmon, José Guilherme Merquior, Guilherme Figueiredo, Olga Savary, Mauro Mota, José J. Veiga, Wilson Martins, Helena Parente Cunha, Mário Quintana, Dinah Silveira de Queiroz, Lygia Fagundes Telles, Alberto da Costa e Silva, Alexandre Eulálio, Dante Milano, Josué Guimarães, Gilberto Freire, Marcus Accioly, Raquel Jardim, Afonso Félix de Sousa, Barbosa Lima Sobrinho, Mário Pontes, Moacir Scliar, João Cabral de Melo Neto, Ivan  Junqueira, Denise Emmer, Luíza Lobo, Salgado Maranhão, Antonio Torres, Ferreira Gular,  Joel Rufino dos Santos, Maria José de Queiroz, dentre outros.

QUEM É QUEM

Cyro de Mattos, nasceu  no município de Itabuna, no Sul da Bahia, em 31 de janeiro de 1939. Jornalista, poeta, romancista, contista, novelista, cronista, autor de livros infantojuvenis. Diplomou-se em Direito pela Universidade Federal da Bahia, em 1962. Dentre seus livros publicados, destacam-se  Os Brabos, O Menino Camelô, Cancioneiro do Cacau, Os Ventos Gemedores e Vinte Poemas do Rio, que foi  indicado para o vestibular da Universidade Estadual de Santa Cruz (sul da Bahia), no triênio 2003-2005. Tem livros pessoais publicados em Portugal, Itália, Alemanha e França. Conto e poema publicado em antologia na Rússia, Estados Unidos, Espanha, Itália, Portugal e Dinamarca. Participou como co9nvidao do III Encontro Internacional de Poetas da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Portugal, Feira do Livro de Frankfurt e Encontro de Poetas Iberoamericanos em Salamanca, Espanha.
 
Títulos
  • Membro da Ordem do Mérito do Governo da Bahia
  • Membro do Pen Clube do Brasil (Rio)
  • Membro da União Brasileira de Escritores (Rio)
  • Membro da União Brasileira de Escritores (São Paulo)
  • Membro da Academia de Letras da Bahia
  • Membro do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia
  • Membro da Academia de Letras de Ilhéus
  • Membro Fundador da Academia de Letras de Itabuna



Principais Prêmio Literários
Prêmio Miguel de Cervantes da Casa dos Quixotes do Rio de Janeiro, para países de língua portuguesa, 1968.
Prêmio Afonso Arinos da Academia Brasileira de Letras, 1979
Prêmio Leda Carvalho da Academia Pernambucana de Letras, 1982/1983
Prêmio Jabuti/Menção Honrosa, Câmara Brasileira do Livro,  1986
Prêmio Ribeiro Couto da União Brasileira de Escritores (RJ), 1997
Prêmio Adolfo Aizen da União Brasileira de Escritores (J), 1997
Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Artes, 2002
Prêmio Vânia Souto Carvalho da Academia Pernambucana  de Letras, 2002
Prêmio Hors-Concours Adolfo Aizen da União Brasileira de Escritores, (RJ), 2002
Segundo Prêmio Internacional de Literatura Maestrale Marengo d’Oro, Genova, Itália, 2006
Dez vezes primeiro lugar em concursos literários da União Brasileira de Escritores (Rio).


Algumas Opiniões sobre o Ficcionista:


“Obra que se revela em continuado processo de recriação estilística e de escavação existencial, a de Cyro de Mattos, enraizada em sua  terra e sua gente, expressa a constante busca de uma sintonia cada vez maior com a acelerada mutação do nosso tempo.” Nelly Novaes Coelho, ensaísta e Doutora em Letras, da USP. In: Escritores brasileiros do século xx , Editora Letra Selvagem, São Paulo, 2013).

“Realmente um escritor brasileiríssimo pela temática e pela linguagem. O tema é o povo brasileiro mais humilde e típico e a linguagem, depurada, exata, amplia a dramaticidade da ação, impedindo qualquer vulgaridade de sentimento... Cyro de Mattos possui uma personalidade vigorosa e original: a condição humana dos personagens que surgem do seu conhecimento e de sua emoção nada têm de artificialismo da pequena burguesia  a exibir angústia de psicanalista. O autor de Os Brabos pisa chão verdadeiro, toca a carne e o sangue dos homens, entre sombras e abismos”. (Jorge Amado. In: “A Marca de Um Narrador Dramático”, Jornal de Letras, Rio de Janeiro, maio 1980).
 
Começo bem o ano, lendo Os Brabos, em que Cyro de Mattos põe muito sentimento dramático da vida, e muita vivência brasileira. São histórias que ficam na lembrança da gente”. Carlos Drummond de Andrade, poeta e cronista. In: Correspondência pessoal de Cyro de Mattos, 06 de janeiro de 1981.

Extraordinária capacidade de dar aos aspectos mais típicos da realidade nacional, em estilo profundamente impregnado da nossa fala brasileira, a revelação de um escritor visceralmente nosso... admirável ficcionista”. (Alceu Amoroso Lima, crítico literário. In: Ata de Julgamento do Prêmio Afonso Arinos, da Academia Brasileira de Letras, Rio de Janeiro, em 29 de junho de 1971. 

 “Suas melhores histórias me fazem pensar nos grandes: Adonias Filho, Guimarães Rosa, Faulkner, José Lins do Rego. Faulkner, no conto ‘A Rose for Miss Emily’, me surgiu quando li (duas vezes) o conto “Infância com Bicho e Pesadelo”. Diferentes entre si, mas o mesmo senso das coisas velhas se indo embora, esmaecendo, em decadência afinal. Aqui, neste conto, eu não me lembro de ter lido nada igual quanto à habilidade do narrador em relacionar psicologicamente ou interiormente os meninos com os bichos. Grande humanidade e grande dignidade diante das pequenas criaturas do reino animal.” (Fred Ellison, escritor, tradutor, doutor em Linguagem de Romance, Professor Emérito da Universidade do Texas, Austin, USA. In: Correspondência pessoal,
Austin, Texas, USA, em  29 de maio de 1998)

“O final deste livro conta a batalha corpo a corpo entre os jagunços de Vulcano Brás e os homens de vaqueiro Genaro e - ao contrário do que normalmente se dá na vida real - a vitória dos explorados, apesar das baixas de lado a lado. A vitória maior, porém, que se registra é da Literatura Brasileira que sai desse Os Ventos Gemedores mais enriquecida”.  (Adelto Gonçalves, escritor, doutor em Literatura Portuguesa (USP). In: edição em português do Jornal Pravda de Moscou; buscar no Google:  'Os ventos gemedores': saga do Brasil arcaico - Pravda.Ru port.pravda.ru › Sociedade › Cultura)



Os Ventos Gemedores
Preço: 30,00

Editora Letra Serlvagem

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