Baiano Ganha
Prêmio Literário
Nacional Pen
Clube do Brasil 2015
Com o romance Os Ventos
Gemedores, o escritor baiano Cyro de
Mattos (foto) venceu o Prêmio Literário
Nacional PEN Clube do Brasil 2015 para livros da categoria Narrativa publicados
em 2013 e 2014. Criado em 1938, o Prêmio Literário Nacional Pen Clube do Brasil
é um dos mais antigos e
prestigiosos certames brasileiros, consistindo em troféu denominado PEN,
especialmente concebido e executado pelo escultor Cavani Rosas, além de Diploma
e três mil e quinhentos reais. O Prêmio PEN será entregue ao escritor baiano no
dia 14 deste mês, às 19 horas, na cobertura do Terraço Panorâmico do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro, na Glória, no
Rio.O romance Os Ventos Gemedores foi publicado em 2014 pela editora Letra
Selvagem, de Tauibaté/São Paulo. O
prêmio Pen de Poesia 2015 foi para Izacil Guimarães Pereira, por seu livro
Altamira e Alexandria, e o de ensaio para a historiadora Ana Luiza Almeida
Ferro, professora doutora da Universidade Federal do Maranhão, por seu livro Os Papagaios Amarelos na Ilha
do Maranhão e a Fundação de São Luís.
Eis alguns escritores
que, ao longo das décadas passadas, conquistaram o Prêmio Pen Clube do Brasil,
nas categorias de Ensaio, Poesia e Narrativa:
Gastão Cruls, Gilberto
Amado, Brito Broca, Antonio Calado, Jorge Amado, Antonio Cãndido, Dalcídio
Jurandir, Miécio Tati, Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, José Condé, Fernando
Sabino, Marques Rebelo, Álvaro Lins, Cyro dos Anjos, José Paulo Moreira da
Fonseca, Cassiano Ricardo, Augusto Meyer, José Cândido de Carvalho, Dalton
Trevisan, Josué Montelo, Nelson Werneck Sodré, Rubem Fonseca, Homero Homem,
Otávio de Faria, Oto Maria Carpeaux, Adonias Filho, João Cabral de Melo Neto,
Herberto Sales, Eugênio Gomes, Nilo Aparecido Pinto, Raimundo Magalhães Junior,
Emílio Moura, Macedo Miranda, Autran Dourado, Waldemar Lopes, Fausto Cunha,
Alceu Amoroso Lima, Orígenes Lessa, Érico Veríssimo, Odylo Costa Filho, Pedro
Nava, Ledo Ivo, Afonso Arinos de Melo
Franco, Permínio Ásfora, Alphonsus de Guimarães Filho, Stella Leonardos,
Antonio Carlos Villaça, Murilo Rubião, Pedro Calmon, José Guilherme Merquior,
Guilherme Figueiredo, Olga Savary, Mauro Mota, José J. Veiga, Wilson Martins,
Helena Parente Cunha, Mário Quintana, Dinah Silveira de Queiroz, Lygia Fagundes
Telles, Alberto da Costa e Silva, Alexandre Eulálio, Dante Milano, Josué
Guimarães, Gilberto Freire, Marcus Accioly, Raquel Jardim, Afonso Félix de
Sousa, Barbosa Lima Sobrinho, Mário Pontes, Moacir Scliar, João Cabral de Melo Neto,
Ivan Junqueira, Denise Emmer, Luíza
Lobo, Salgado Maranhão, Antonio Torres, Ferreira Gular, Joel Rufino dos Santos, Maria José de
Queiroz, dentre outros.
QUEM É QUEM
Cyro de Mattos, nasceu no município de Itabuna,
no Sul da Bahia, em 31 de janeiro de 1939. Jornalista, poeta, romancista,
contista, novelista, cronista, autor de livros infantojuvenis. Diplomou-se em
Direito pela Universidade Federal da Bahia, em 1962. Dentre seus livros publicados,
destacam-se Os Brabos, O Menino Camelô, Cancioneiro do Cacau, Os
Ventos Gemedores e Vinte Poemas do
Rio, que foi indicado para o
vestibular da Universidade Estadual de Santa Cruz (sul da Bahia), no triênio
2003-2005. Tem livros pessoais publicados em Portugal, Itália, Alemanha e
França. Conto e poema publicado em antologia na Rússia, Estados Unidos,
Espanha, Itália, Portugal e Dinamarca. Participou como co9nvidao do III
Encontro Internacional de Poetas da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra,
Portugal, Feira do Livro de Frankfurt e Encontro de Poetas Iberoamericanos em
Salamanca, Espanha.
Títulos
- Membro da Ordem do Mérito do Governo da Bahia
- Membro do Pen Clube do Brasil (Rio)
- Membro da União Brasileira de Escritores (Rio)
- Membro da União Brasileira de Escritores (São
Paulo)
- Membro da Academia de Letras da Bahia
- Membro do Instituto Histórico e Geográfico da
Bahia
- Membro da Academia de Letras de Ilhéus
- Membro Fundador da Academia de Letras de
Itabuna
Principais
Prêmio Literários
Prêmio
Miguel de Cervantes da Casa dos Quixotes do Rio de Janeiro, para países de
língua portuguesa, 1968.
Prêmio
Afonso Arinos da Academia Brasileira de Letras, 1979
Prêmio
Leda Carvalho da Academia Pernambucana de Letras, 1982/1983
Prêmio
Jabuti/Menção Honrosa, Câmara Brasileira do Livro, 1986
Prêmio
Ribeiro Couto da União Brasileira de Escritores (RJ), 1997
Prêmio
Adolfo Aizen da União Brasileira de Escritores (J), 1997
Prêmio
da Associação Paulista de Críticos de Artes, 2002
Prêmio
Vânia Souto Carvalho da Academia Pernambucana
de Letras, 2002
Prêmio
Hors-Concours Adolfo Aizen da União Brasileira de Escritores, (RJ), 2002
Segundo
Prêmio Internacional de Literatura Maestrale Marengo d’Oro, Genova, Itália,
2006
Dez
vezes primeiro lugar em concursos literários da União Brasileira de Escritores
(Rio).
Algumas
Opiniões sobre o Ficcionista:
“Obra que se
revela em continuado processo de recriação estilística e de escavação
existencial, a de Cyro de Mattos, enraizada em sua terra e sua gente,
expressa a constante busca de uma sintonia cada vez maior com a acelerada
mutação do nosso tempo.” Nelly Novaes Coelho, ensaísta e Doutora em Letras, da
USP. In: Escritores brasileiros do século
xx , Editora Letra Selvagem, São Paulo, 2013).
“Realmente um escritor brasileiríssimo pela temática e pela linguagem. O
tema é o povo brasileiro mais humilde e típico e a linguagem, depurada, exata,
amplia a dramaticidade da ação, impedindo qualquer vulgaridade de sentimento...
Cyro de Mattos possui uma personalidade vigorosa e original: a condição humana
dos personagens que surgem do seu conhecimento e de sua emoção nada têm de
artificialismo da pequena burguesia a
exibir angústia de psicanalista. O autor de Os
Brabos pisa chão verdadeiro, toca a carne e o sangue dos homens, entre
sombras e abismos”. (Jorge Amado. In: “A Marca de Um Narrador Dramático”, Jornal de Letras, Rio de Janeiro, maio 1980).
“Começo
bem o ano, lendo Os Brabos, em que Cyro de Mattos põe muito sentimento dramático da vida, e muita
vivência brasileira. São histórias que ficam na lembrança da gente”. Carlos Drummond de Andrade, poeta e cronista. In: Correspondência
pessoal de Cyro de Mattos, 06 de
janeiro de 1981.
“Extraordinária capacidade de dar aos aspectos
mais típicos da realidade nacional, em estilo profundamente impregnado da nossa
fala brasileira, a revelação de um escritor visceralmente nosso... admirável
ficcionista”. (Alceu Amoroso Lima,
crítico literário. In: Ata de Julgamento do Prêmio Afonso Arinos, da Academia
Brasileira de Letras, Rio de Janeiro, em 29 de junho de 1971.
“Suas melhores histórias me fazem pensar nos
grandes: Adonias Filho, Guimarães Rosa, Faulkner, José Lins do Rego. Faulkner,
no conto ‘A Rose for Miss Emily’, me surgiu quando li (duas vezes) o conto
“Infância com Bicho e Pesadelo”. Diferentes entre si, mas o mesmo senso das
coisas velhas se indo embora, esmaecendo, em decadência afinal. Aqui, neste
conto, eu não me lembro de ter lido nada igual quanto à habilidade do narrador
em relacionar psicologicamente ou interiormente os meninos com os bichos.
Grande humanidade e grande dignidade diante das pequenas criaturas do reino
animal.” (Fred Ellison, escritor, tradutor, doutor em Linguagem de Romance,
Professor Emérito da Universidade do Texas, Austin, USA. In: Correspondência
pessoal,
Austin, Texas, USA, em 29 de maio de 1998)
“O final deste livro conta a batalha corpo a
corpo entre os jagunços de Vulcano Brás e os homens de vaqueiro Genaro e - ao
contrário do que normalmente se dá na vida real - a vitória dos explorados,
apesar das baixas de lado a lado. A vitória maior, porém, que se registra é da
Literatura Brasileira que sai desse Os
Ventos Gemedores mais enriquecida”. (Adelto Gonçalves, escritor,
doutor em Literatura Portuguesa (USP). In: edição em português do Jornal Pravda
de Moscou; buscar no Google: 'Os ventos gemedores': saga do Brasil arcaico
- Pravda.Ru port.pravda.ru › Sociedade › Cultura)
Os Ventos
Gemedores
Preço:
30,00
Editora
Letra Serlvagem
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